Governadora Raquel Lyra lança 2ª edição do Festival Pernambuco Meu País e rebate críticas sobre investimentos culturais

por Carlos Britto // 12 de julho de 2025 às 20:00

Foto: Hesíodo Góes/Secom-PE

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), lançou na manhã desta sexta-feira (11), no Cais do Sertão, no Bairro do Recife, a segunda edição do Festival Pernambuco Meu País. Durante o evento, voltado a artistas e produtores culturais, a chefe do Executivo estadual respondeu a críticas feitas por oposicionistas sobre os investimentos do governo na área cultural.

Sem citar nomes, Raquel defendeu a continuidade das políticas públicas voltadas ao setor. “Nós resistiremos porque temos vocês para resistir”, declarou, dirigindo-se a uma plateia composta majoritariamente por fazedores de cultura.

A governadora mencionou indiretamente as críticas ao Circuito Literário de Pernambuco (Clipe), cuja terceira edição foi realizada entre maio e junho deste ano. A iniciativa foi alvo de questionamentos por parte do deputado estadual Waldemar Borges (PSB), que pediu informações sobre os investimentos, a estrutura do evento e o programa de distribuição de bônus-livro para professores.

“Recentemente, a gente fazia o Circuito Literário de Pernambuco e teve algumas pessoas, aquelas que não compreendem a força da cultura e a necessidade de subsídio e política pública para financiá-la, querendo questionar o investimento que se faz em movimentos como esse”, disse a governadora.

Em resposta, o deputado Waldemar Borges afirmou que considera preocupante a forma como os recursos públicos vêm sendo aplicados. Segundo ele, cerca de R$ 100 milhões teriam sido transferidos, nos últimos dois anos, a associados de uma entidade de fora do estado, sem processo licitatório.

“Lamentável que a governadora entenda cultura nessa dimensão do privilégio, do direcionamento dos recursos públicos para um único evento, quando ela deveria estar fomentando o maior número possível de atividades culturais. Exatamente para estimular a cultura”, pontuou Borges.

O parlamentar também criticou o modelo do bônus-livro oferecido aos professores, que, segundo ele, limita a compra a um único fornecedor. “Muitas vezes por preços acima do mercado ou com livros ultrapassados. Não dá alternativa para que o professor compre em outros eventos do gênero”, concluiu.

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