MPF denuncia envolvidos em esquema milionário de lavagem de dinheiro

por Carlos Britto // 10 de julho de 2025 às 20:00

Foto: Ilustrativa

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou quatro pessoas à Justiça por envolvimento em um esquema milionário de movimentações financeiras irregulares. A investigação revelou que o grupo atuava de forma organizada em Pernambuco, Ceará, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e também no estado da Flórida, nos Estados Unidos, operando fora dos canais oficiais para enviar e receber dinheiro entre os países.

De acordo com o MPF, o grupo usava um método alternativo de transferência de valores conhecido como “dólar-cabo”, em que o dinheiro era trocado entre pessoas no Brasil e no exterior, sem passar por instituições financeiras autorizadas. Para dificultar o rastreamento, os envolvidos utilizavam contas bancárias em nome próprio, de terceiros e de empresas criadas apenas para esse fim. Algumas dessas empresas sequer funcionavam nos endereços informados e não possuíam funcionários.

Um dos denunciados é apontado como principal responsável por movimentar valores altos, inclusive usando o dinheiro para comprar bens como veículos. Seus dados fiscais não condiziam com os valores movimentados, o que reforça a suspeita sobre a origem ilegal dos recursos. Os outros dois denunciados, sendo um deles norte-americano, também atuavam nesse mercado paralelo, usando contas em nome de empresas de fachada para transferir valores entre o Brasil e os Estados Unidos.

A quarta pessoa envolvida seria um “laranja”, alguém que empresta o nome para abrir empresas sem de fato administrá-las. Ele teria fornecido informações falsas em documentos para permitir a criação dessas empresas, que movimentaram milhões de reais, mesmo sem atividade compatível e sem vínculo com seu padrão de vida.

A investigação foi baseada na análise de documentos, registros financeiros e trocas de mensagens. A primeira fase do trabalho aconteceu em 2020 e a segunda em 2021, com foco nas operações feitas a partir de 2018. No total, estima-se que o grupo tenha movimentado mais de R$ 250 milhões em uma década, atuando de forma irregular no Brasil e no exterior.

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