Coluna da Folha: Deputado contesta condenação

por Carlos Britto // 07 de julho de 2025 às 07:00

Repercutiu em Santa Cruz do Capibaribe a condenação do deputado estadual Edson Vieira por improbidade administrativa. A decisão do Ministério Público de Pernambuco se refere a um suposto ato de promoção pessoal durante um evento institucional em 2020, período em que o parlamentar era prefeito da cidade.

Em nota pública, a defesa de Edson Vieira afirmou discordar veementemente da sentença proferida pela Vara da Fazenda Pública de Santa Cruz do Capibaribe. Segundo o texto, a decisão desconsidera provas, ignora o contexto da cerimônia e interpreta de forma equivocada a Lei de Improbidade Administrativa, especialmente após as alterações promovidas pela Lei nº 14.230/2021.

A defesa ainda declarou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça de Pernambuco e demonstrou confiança na reversão da decisão, reafirmando a inexistência de dolo, prejuízo ao erário ou desvio de finalidade na conduta do ex-prefeito.

Convite pessoal

Não é verdade que a nomeação de Armando Peixoto Coelho, primo legítimo de Miguel Coelho (UB), passe por uma aproximação do ex-prefeito de Petrolina com a governadora, Raquel Lyra (PSD), como se especulou por aí. Na verdade, Armandinho como é conhecido, é muito amigo de Armando Monteiro Bisneto, presidente de Suape e o convite é pessoal e não político.

Custou caro

Enquanto as festas juninas vão ficando para trás, os gastos públicos com o São João de 2025 em Pernambuco começam a chamar atenção. Segundo levantamento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), 178 municípios declararam ter investido, juntos, R$ 281,9 milhões na contratação de 3.309 artistas para 5.733 apresentações. Parte dos recursos veio dos cofres municipais e parte do Governo do Estado.

Caruaru lidera o ranking dos maiores gastos, com R$ 24,1 milhões investidos em 517 atrações. Petrolina aparece em segundo, com R$ 20,6 milhões para apenas 51 shows, o que levanta questionamentos sobre o custo por apresentação. Em seguida vêm Goiana (R$ 17,8 milhões para 142 artistas), Arcoverde (R$ 9,6 milhões para 124 atrações) e Recife (R$ 8,7 milhões para 436 apresentações). O contraste aparece em cidades como Salgadinho, que declarou ter gasto apenas R$ 137 com seis atrações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários

  1. Pura nostalgia. Meu vô Ariston trabalhou na RFF, ainda guardo na minha memória este tempo tão raro e precioso. Ele…