Exportadores de manga do Vale do São Francisco foram alertados, nesta quinta-feira (29), sobre a necessidade de intensificar o controle e o monitoramento das moscas-das-frutas, praga que ameaça as exportações da fruta para os Estados Unidos, um dos principais destinos da produção regional.
O aviso partiu do chefe de programas especiais de exportação do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Caio César Simão, durante reunião técnica realizada na sede da Valexport, em Petrolina. O encontro reuniu produtores, exportadores e responsáveis técnicos de unidades certificadas para envio da fruta ao mercado norte-americano.
Segundo Simão, novas regras do plano de trabalho estão sendo implementadas, com o objetivo de reduzir os índices populacionais da praga nos pomares. O descumprimento das normas pode resultar na suspensão de habilitações para exportação.
Durante o evento, o auditor fiscal federal agropecuário Antônio Romão (Vigivale) apresentou os Sistemas de Manejo de Risco (SMR), ferramenta central para o controle da praga. Também foram detalhadas as atribuições das agências estaduais Adab (BA) e Adagro (PE) na fiscalização das áreas produtoras.
A responsável técnica da Moscamed Brasil, Ítala Cruz Damasceno, explicou o funcionamento do sistema de monitoramento populacional da praga na região. Na sequência, representantes da empresa Corteva, Manoel Neto e Jadna Mylena, expuseram estratégias de manejo integrado voltadas ao combate às moscas-das-frutas. O fórum também abriu espaço para esclarecimento de dúvidas por parte do público presente.
Expectativa
Encerrando o evento, o gerente executivo da Valexport, Tássio Lustoza, destacou que o Vale exportou cerca de 237 mil toneladas de mangas, na safra de 2024, para 101 países. Os Estados Unidos foram responsáveis pela compra de 37 mil toneladas, 14,27% do total. A expectativa, segundo ele, é ampliar esse volume para 56 mil toneladas na próxima safra. “O crescimento das exportações para os EUA só será possível se toda a cadeia produtiva mantiver o compromisso com as exigências fitossanitárias, principalmente no controle rigoroso da mosca-das-frutas”, afirmou Lustoza.


