Em cordel ilustrado, petrolinense Aldy Carvalho enaltece “Arte de Ser Vaqueiro”

por Carlos Britto // 26 de maio de 2025 às 22:00

Foto: reprodução

O poeta, cantador, violeiro e escritor sertanejo Aldy Carvalho há muito vem explorando sua criatividade multiartista para além das fronteiras do Nordeste, sendo que o Sertão se mantém nas veias abertas de sua arte. Com uma vasta obra, entre livros e discos, que frequentemente mapeia o universo caatingueiro, Aldy acaba de jorrar no campo literário em forma de cordel seu olhar aguçado para o mais impávido personagem da caatinga, em “A Arte de ser Vaqueiro” (Editora Nova Alexandria), em circuito nacional.

Nascido em Petrolina, no Vale do São Francisco, Aldy sempre bebeu na fonte do Velho Chico, migrou para São Paulo, mas manteve sua lupa poética focada nas rotinas do povo sertanejo. Cantadores, violeiros e vaqueiros sempre estiveram no cenário real de sua convivência quando criança. Desde que começou a externar sua veia artística, ao longo de décadas, sua obra foi se desenhando como um verdadeiro mosaico que reflete o universo sertanejo, mesclando o lirismo das léguas percorridas com as veredas abertas por grandes nomes da literatura brasileira, como Ariano Suassuna e Guimarães Rosa.

Em “A Arte de ser vaqueiro”, com a apresentação do escritor Pedro Monteiro, o autor retrata na linguagem de cordel com estrofes em sextilhas, a profissão de vaqueiro no Nordeste, explorando a bravura e a tradição desse personagem tão presente na realidade sertaneja. Para ele, a profissão de vaqueiro em sua labuta personifica bravura a tradição do povo nordestino.

Nesta obra, o poeta cantador conduz o leitor pelos caminhos áridos da caatinga revelando em seus versos a essência histórica e cultural desse enigmático personagem – celebrando esse importante ofício de vaqueiro reconhecida pela lei 12.870/10/2013.

Homenagem

Aldy Carvalho dedica o novo livro – a ser lançado no segundo semestre em Petrolina, à memória de José Luiz Barbosa, o “Zé do Mestre”, vaqueiro de Salgueiro, no Sertão Central, que faleceu em março deste ano. “No Sertão fica seu nome feito marco no gibão/ foi vaqueiro de respeito a aboiador e artesão de Pernambuco(…)/Salgueiro canta saudade, mas o amor ecoa agora na voz da eternidade O cavalo o boi a Terra e a fé são as paixões do vaqueiro”. Ao longo da horizontalidade do texto poético costurado com primor, a obra é ilustrada por Rafael Limaverde, que dá vida às palavras com imagens marcantes da figura do vaqueiro. O pesquisador e caatingueiro de Curaçá (BA), Omar ‘Babá’ Torres, endossa a obra em um texto que agrega o valor social e a arte de ‘Ser Vaqueiro’. Interessados em conseguir o exemplar podem entrar em contato pelo e-mail pazinko@gmail.com. (O texto é do jornalista, professor e pesquisador Emanuel Andrade)

Em cordel ilustrado, petrolinense Aldy Carvalho enaltece “Arte de Ser Vaqueiro”

  1. Pedro Mariano disse:

    Parabéns ao Poeta, Cantador, Aldy Carvalho, por está sempre divulgando a arte sertaneja, especialmente a cidade de Petrolina.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários

  1. São frequentas as notícias sobre tombamento de caminhão com frutas, principalmente as mangas, imagino que seja por dois motivos:Carregamento incorreto…