Os servidores do Poder Judiciário na Bahia estão em greve por tempo indeterminado. Os únicos serviços mantidos com a paralisação são casamentos já agendados, emissão de habeas corpus e de certificado de óbitos, liminar de plano de saúde e alvará de soltura.
Segundo informações do sindicato da categoria, a mobilização é uma resposta às recentes medidas adotadas pelo Tribunal de Justiça, como a retirada de todas as gratificações dos funcionários. Foi aprovada também nova Assembleia Extraordinária para avaliar o movimento paredista para a próxima sexta-feira (14).
Infelizmente esta é a realidade do poder judiciário da Bahia, o tribunal diz não ter dinheiro para pagar os servidores mas concede um reajuste de 9,2% aos juízes que deixam de receber 19.000 e passam a receber 22.000, ainda criam 84 cargos comissionados. Nossa briga é para que esses desmandos acabem, que a justiça seja reestabelecida, o corte atingiu os menores salários do judiciário, tem amigos que com a redução vão receber menos de um salário mínimo, é justo?
A greve é uma reação ao Decreto Judiciário nº 152 do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que determina cortes nos benefícios dos servidores, como medida de adequação à Lei de Responsabilidade Fiscal.
O interesse da maioria dos serventuários é contra os adicionais que confluem para a existência de um clã de servidores do Poder Judiciário que recebem supersalários. Não queremos a minoria ganhando salários de marajás (o que ocorre PRINCIPALMENTE na capital), injustificáveis, em detrimento da MAIORIA que recebe um salário de miséria pelo trabalho que faz!
A justiça deve começar em casa, como o JUDICIÁRIO quer a credibildiade da população se não faz justiça na própria casa?
Os servidores não estão em greve contra o CNJ nem contra a LRF, mas contra a forma como o Tribunal de Justiça está conduzindo o seu cumprimento!
Bahia, o estado mais atrazado do país, em relação ao TJ, onde os cartórios são orgãos estatais apenas no estado da Bahia, em qualquer lugar do país um simples documento de autenticação, é feito em questão de minutos, enquanto na Bahia, o cidadão é obrigado a enfrentar uma fila de madrugada, para requerer esse ou qualquer outro tipo de documento emitidos em cartórios baianos.