O ambientalista Vitório Rodrigues comentou a reportagem da Agência Brasil sobre uma portaria do Ministério do Meio Ambiente, publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira (5), que inclui Minas Gerais, Piauí, Ceará e Goiás entre os estados em situação de emergência ambiental. Antes, Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins já estavam nessa situação.

A medida é adotada, quase sempre, por tempo indeterminado em épocas específicas do ano, por causa dos focos de incêndios florestais e queimadas, detectados por satélite. As ações são coordenadas pelo Prevfogo (Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), que atribui ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autonomia para operar nos municípios.

A portaria também autoriza a contratação e formação de novos brigadistas para ajudar nas ações de combate e prevenção de incêndios – tarefa desempenhada pelo Ibama com o Instituto Chico Mendes e o Ministério do Meio Ambiente.

Confiram, agora, o comentário de Vitório Rodrigues:

O problema dos governantes é que sempre tomam as medidas depois do prejuízo. Ao invés de usar os órgãos ambientais para educar o povo no sentido de orientá-lo para o uso sustentável dos recursos naturais, preferem deixar a degradação acontecer para depois criar brigadas de combate que não combatem coisa nenhuma.

A matéria acima diz que o IBAMA e o ICMBIO vão criar brigadas para combater incêndios. Mas como vamos acreditar num IBAMA que não tem estrutura para trabalhar? Em Petrolina tem apenas um funcionário para cobrir as necessidades fiscalizatórias do bioma caatinga e proteção do rio São Francisco. Embora Pernambuco não esteja na lista de emergência ambiental, sua situação de degradação ambiental não é diferente. Quanto ao ICMBIO, precisa ainda dizer para que veio. Se já está desenvolvendo trabalhos neste sentido, que divulgue para que tomemos conhecimento.

Vitorio Rodrigues de Andrade/ambientalista