Em Juazeiro (BA) estão sendo discutidos os últimos ajustes para a implantação da Casa Abrigo Regional, equipamento vai oferecer a mulheres vítimas de violência doméstica um serviço de assistência com caráter sigiloso e temporário. Para debater a demanda, a secretária de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade, Cida Gama, reuniu ontem (6) no Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM) a equipe de profissionais que irá atuar na Casa Abrigo. O encontro contou com a participação de representantes do Governo do Estado, os quais esclareceram dúvidas sobre como vai funcionar o local de acolhimento.
Para a secretária Cida Gama, foi mais um momento de aprendizado para todos os profissionais. “Essa é uma ocasião para apresentação do equipamento e oportunidade para tirar dúvidas sobre o funcionamento da Casa. É uma responsabilidade muito grande, já que vamos receber mulheres de toda região e precisamos estar preparados. Esperamos que a Casa Regional de Juazeiro seja referência em atendimento de qualidade”, afirmou a secretária Cida.
O local oferecerá abrigo temporário de até 180 dias, indicado para casos gravíssimos em que a vida da mulher é ameaçada pela convivência com o agressor, tornando necessário o seu afastamento imediato, desde o corte de todo e qualquer contato até a resolução das suas demandas. As vítimas recebem proteção integral que inclui moradia, alimentação, vestuário, apoio pedagógico, atenção à saúde e acompanhamento psicossocial e jurídico.
O contato inicial com a equipe de profissionais que irão atuar na Casa Abrigo faz parte do papel do Estado em apoiar os municípios nesse processo. Para a representante da Secretaria Estadual de Assistência Social (SAS), Cíntia Palma, o objetivo principal foi esclarecer sobre a atuação dos profissionais. “Vamos receber mulheres de vários lugares, pessoas diferentes e a compreensão de todos os envolvidos será essencial nesse processo. Esse é o momento de se conhecer e perceber que cada um tem um trabalho fundamental”, afirmou.
Capacitação
Para Laura Bamberg, também representante da SAS, é essencial que cada profissional tenha o perfil apropriado para atuar com mulheres em situação de violência. “O que define o perfil do profissional que vai atuar na Casa está diretamente ligado a três palavras: cuidado, sigilo e compromisso. Entendendo esses princípios básicos, teremos êxito. Todos que aqui estão são desbravadores e desejamos sucesso a toda equipe”, pontuou. Após esse primeiro contato, os profissionais passarão por capacitação voltada para as equipes técnicas das Casas Abrigo Regionais, nos dias 26 a 30 de novembro. A previsão é que o equipamento esteja funcionando até o final de 2018.