As questões políticas da água e esgoto e a conta paga pelos petrolinenses
Na semana passada a vereadora governista Maria Elena (PRTB) lamentou na Casa Plínio Amorim o fato de um montante de R$ 38 milhões ‘mofar’ na Caixa Econômica Federal, quando poderia estar sendo utilizado no saneamento básico de vários bairros de Petrolina. E só não está, segundo Elena “por questões políticas” entre a prefeitura e o governo do Estado.
Ninguém gostaria de acreditar nisso, mas os fatos parecem mesmo ir nesse caminho. Por que? O governador Paulo Câmara confirmou, no dia de ontem (19), a inclusão de 20 novos projetos de saneamento básico e abastecimento d’água em várias regiões de Pernambuco que chegam a R$ 337 milhões.
Na lista há várias cidades contempladas do Sertão à Região Metropolitana do Recife. Petrolina, no entanto, não aparece nem no rodapé da lista.
Coincidência ou não, desde o rompimento do grupo do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) com o governo, a relação entre as duas partes é distante. Até por isso mesmo as coisas pioraram em relação aos serviços de abastecimento e saneamento, após o prefeito Miguel Coelho (PSB) decidir abrir uma licitação para o setor.
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) alega “insegurança jurídica” para investir em Petrolina, o que não deixa de ter suas razões. Esse ‘vale a pena ver de novo’ político eleitoral se repete, e não é de hoje. E quem paga essa conta é quem espera dos governantes apenas que cumpram com sua obrigação. Lamentável.
Zó e a privatização das estatais
Em mais uma atividade na luta contra a privatização de importantes estatais do país, o deputado estadual Zó (PCdoB) participou na terça-feira (19) de audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), que abordou o tema ‘Defesa da Soberania Nacional: As Privatizações do Governo Temer’. Zó destacou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e das demais empresas do Sistema Eletrobras. Na oportunidade, o parlamentar discutiu os impactos dessa proposta à Bahia e ao país. “É inacreditável dispensar setores estratégicos do Brasil para empresas privadas estrangeiras. Nossa missão é salvar a Eletrobras/Chesf e consequentemente nosso amado rio São Francisco”, ressaltou.
Presidência disputada
A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cabrobó (PE) acontecerá no dia 31 de julho e promete ser muito disputada. Nos bastidores, comenta-se que dois nomes já se colocaram para concorrer à presidência: o atual presidente, Ramsés Sobreira (MDB), que rompeu com o prefeito Marcílio Cavalcanti (MDB) e contará com o apoio da oposição; e Dim Saraiva (PPS), que faz parte da base governista. Até lá, a expectativa é de que pelo menos mais um vereador entre no páreo. É aguardar.
Reformas de Paulo Câmara
Paulo Câmara nomeou ontem (19) os novos secretários do Governo de Pernambuco: Antônio Mário será o novo secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Baptista assume a Secretaria de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni comandará a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, Bruno Lisboa assume a Secretaria de Habitação e Antônio Júnior, a Secretaria de Transportes. Na área portuária estadual, Carlos Vilar comandará o Porto de Suape. As nomeações serão publicadas na edição do Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (20). Até a próxima sexta (22, será concluída a reforma do Secretariado Estadual.
Orientação de filho
O vereador Zenildo do Alto do Cocar (PSB) não fez cerimônia em justificar o porquê de ter votado ontem (19) contra o projeto de lei do seu colega Osinaldo Souza (PTB), que institui em Petrolina o Programa ‘Escola sem Partido’: “Meu filho é professor, fui orientado por ele”.
É ai onde entra a política suja de políticos sem compromissos com o cidadão, eles visam apenas interesses próprios e políticos. Quanto a Compesa essa insistência da prefeitura em municipalizar serviços de agua e esgoto em Petrolina não tem sentido, o único penalizado como sempre vai ser o contribuinte e usuário dos serviços. Não existe outra empresa em Petrolina, que possua a estrutura que a Compesa adquiriu durante anos na gestão, a mudança vai gerar um custo enorme para equipar outra empresa e, um período de adequação estrutural, em consequência esses dinheiro vai sair do bolso do contribuinte, é óbvio.