Com o tema “Porque meu filho também é gente!”, o Núcleo de Práticas Sociais Inclusivas (NPSI) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) irá promover o 1º Workshop Saúde da Criança com Deficiência. O evento será realizado no dia 25 de novembro, das 8h30 às 18h, no auditório da Biblioteca do campus-sede, em Petrolina, que tem capacidade para receber 120 pessoas. O workshop é voltado para estudantes e profissionais da área de saúde e está com as inscrições abertas até o preenchimento das vagas.
O workshop é realizado em parceria com o Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) da Univasf com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e do Grupo Raros, formado por mães de crianças com deficiência. A ideia de promover o evento, inclusive, surgiu do contato entre a equipe do NPSI e as mães do Grupo Raros. As inscrições devem ser feitas através de formulário online.
A programação do evento terá início com uma conferência de abertura, ministrada por videoconferência pelo professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Francisco Lima, sobre o tema “Saúde da Criança com Deficiência: compromisso de todos”. Em seguida, acontecerão rodas de diálogo sobre os temas “Perspectivas de atendimento em saúde à criança com deficiência” e “Sou mãe de criança com deficiência… Sou mulher… Sou gente….” – esta última mediada pelas mães do Grupo Raros. Já durante a tarde acontecerá o espaço “Saúde da Criança com Deficiência: vivências e práticas através de teatro”, em que serão simuladas situações de atendimento à criança com deficiência.
Tema
O tema do Workshop surgiu de um relato feito à equipe do NPSI por Joelma Maria dos Santos Silva, uma das mães do Grupo Raros. Seu filho, Joab dos Santos Silva, tem paralisia cerebral e síndrome de Moebius, distúrbio neurológico caracterizado por paralisia não progressiva de nervos cranianos e que causa pouca expressividade facial e estrabismo convergente.
Joelma conta que sempre esteve com o filho, hoje de 16 anos, em espaços como a igreja e o shopping, e que a reação dele sempre foi positiva. Porém, há cerca de quatro anos, durante o momento de um culto, ele começou a passar mal e ter crises. Quando Joelma levou a criança para a consulta com a neuropediatra, foi repreendida pela médica. “Ela queria que eu vivesse com ele preso. Mas eu disse a ela: ‘Meu filho também existe! Meu filho também é gente!’”, contou Joelma. O evento tem o objetivo de orientar quem está em formação em saúde e os próprios profissionais sobre como se relacionar com as crianças com deficiência.


