Se a ideia da bancada governista era afastar o vereador de oposição Dr.Pérsio Antunes (PV) da presidência da Comissão de Redação e Justiça da Casa Plínio Amorim, a articulação não deu certo. O ex-aliado do prefeito Julio Lossio (PMDB) continuará onde está, como já havia assegurado à imprensa momentos antes dos vereadores se trancarem na sala das comissões do Legislativo Municipal. Na reunião, que começou por volta das 9h15, após a sessão plenária de ontem (7), e só terminou no final da tarde, a Casa definiu a reestruturação das comissões – necessária devido à mudança de partido de alguns vereadores.
Das sete comissões, quatro permaneceram com os mesmos integrantes. Das que foram alteradas, apenas a Comissão de Redação e Justiça ficou definida, cabendo ao presidente da Casa, vereador Osório Siqueira (PSB), indicar o suplente. Ele deverá também indicar suplentes em outras duas comissões (Finanças e Orçamento e a de Obras, Serviços Públicos e Negócios Municipais), enquanto o PMDB indicará o presidente dessas duas últimas.
O tom de Dr.Pérsio em relação à bancada governista continua de acirramento. Ele voltou a criticar duramente Ednaldo Lima, líder de Lossio na Casa.
Segundo o oposicionista, havia um acordo assinado por todos os líderes de bancada para que as comissões permanecessem inalteradas, até que fosse julgado o mérito do processo que solicitou a anulação da reeleição de Osório à Mesa Diretora, em 2014. Ele também lembrou dois artigos do Regimento Interno, que falam sobre uma reunião bianual dos vereadores para definir as comissões obedecendo a proporcionalidade dos partidos, mas com o voto dos líderes de bancada. Baseado nisso, ele garantiu não ter sido eleito pelo seu ex-partido, o PMDB, para presidir a comissão, mas porque tem direito a duas vagas nas comissões como vereador e também porque foi eleito pelos demais líderes.
O oposicionista rebateu Ednaldo ao alegar que, mesmo deixando o PMDB e indo para o PV, ele continua com direito às duas vagas e não existe, nem no Regimento Interno e nem na Lei Orgânica do município, nenhum item determinando a perda das vagas em caso de mudança de partido. “Isso é uma manobra de quem está desesperado, de quem não conhece a legislação, de um líder que veio para cá (Casa Plínio Amorim) todo perdido, mais tonto do que barata quando toma Baygon”, disparou o oposicionista.


