Um dos ex-administradores do Matadouro de Petrolina durante a gestão do prefeito Julio Lossio (PMDB), Edilson Coelho decidiu se pronunciar quanto às acusações do vereador Ronaldo Cancão, semana passada, durante protesto dos marchantes na frente da prefeitura. Cancão disse que os recursos para gerir o matadouro foram desviados por parte de quem deveria gerir o local. Embora o vereador não tivesse citado nomes, Edilson vestiu a carapuça e partiu para o ataque. Ele lembrou que quando Cancão esteve à frente da extinta Empresa Petrolinense de Abastecimento (Empa), teria “sustentado” o time inteiro do Primeiro de Maio (do qual era o presidente), bancando jogadores com os recursos do matadouro.

Edilson destacou, entre outras coisas, que o Governo Lossio – ao contrário do que Cancão e os próprios marchantes alegam – investe no matadouro. “Quem paga os funcionários contratados pela antiga Empa é a prefeitura”, assegurou. E aproveitou para mandar um recado ao vereador oposicionista: “É preciso ponderar as palavras para não machucar as pessoas. Isso é um princípio moral”.

Ele também defendeu outro ex-administrador do matadouro, Nelson Minussi, das denúncias feitas por Marcos – um dos marchantes – ao Programa ‘Manhã no Vale’, da Rádio Jornal, ontem (25), de que Minussi teria se apropriado de R$ 130 mil oriundos de recursos próprios do matadouro. Edilson disse que o ex-gestor tem serviços prestados quando foi diretor do IF Sertão-PE em Petrolina, a exemplo dele, que presidiu o distrito industrial em dois mandatos sem nenhuma mácula na ficha de ambos.

Ele declarou também que a questão do matadouro é do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), não do município. “Os marchantes têm de buscar sua integridade é junto ao MPPE. A população não é obrigada a pagar por desmandos de gestões passadas, e não vou entrar nesse mérito”, finalizou.