
A polêmica em torno da ocupação na Vila Chocolate, na zona oeste de Petrolina, pode ser um problema bem maior do que parece. Se de um lado centenas de famílias podem ficar desabrigadas, do outro existem os proprietários da área que acham injusto perder a terra que adquiriram com dificuldade.
Um destes é o Sinésio Herculano. Em entrevista ao programa ‘Manhã no Vale’ de hoje (22), Sinésio apresentou toda a documentação de seus lotes e lamentou que outras pessoas queiram se apropriar da área que é sua, por direito.
“Eu tenho aqui a planta que comprova tudo. Eu sou pessoa privada, eu comprei e paguei. Não existe isso de invadir a terra dos outros e querer ser o dono. Eu sei que as coisas são difíceis, entendo toda a dificuldade destas famílias, mas não é justo isso de querer pegar uma terra que pertence a outra pessoa que comprou e pagou”, disse.
De acordo com ele, toda a área na Vila Chocolate teria sido comprada há vários anos pela Associação de Empregados da Codevasf (Assemco), a qual teria loteado e vendido a terra a particulares. Nesta época, foram vendidos ao todo 600 lotes, dos quais Sinésio comprou 4.
“A venda da área foi autorizada através de portaria do Ministro da Integração da época. A área foi comprada por 1.296.579,41 cruzados. De posse desta área a associação de empregados da Codevasf mapeou, loteou e vendeu a área com aprovação da prefeitura. A partir daí as áreas começaram a ser vendidas. Eu mesmo comprei com muita dificuldade e paguei“, disse.
O proprietário diz ainda que a briga na justiça não é nova e que os proprietários da terra lutam pela reintegração de posse desde 2011. “Esta polêmica não é de agora. Em 2011 a justiça já deu uma reintegração de posse e os moradores saíram, mas depois voltaram. Em 2012 nós entramos na justiça de novo para pedir reintegração que só saiu agora no final de 2015”, explica.
A nova ordem de reintegração de posse está marcada para ser executada no próximo dia 16 de fevereiro e, desde o anúncio, centenas de famílias estão tentando mobilizar as autoridades para não ficar desabrigadas.



A justiça tem que seguir a lei e lei é pra ser cumprida e não discutida.
O terreno tem dono? Então é dele!
Já se grande parte dos invasores são carentes, aí seria para se resolver con outras autoridades e não tomando na marra o que é dos outros.
Com certeza meu amigo.
Com certeza. Quem tem suas terras, que comprou e pagou não vai dar a ninguém. Era só o que faltava. Essas pessoas ficam invadindo terras dos outros, na esperança que na hora do pega pra capar, o prefeito dê casa pra eles. Fica difícil a situação. O prefeito também não tem como sair dando casa a todo mundo, sem planejamento e sem tê-las construído para serem entregues para a população. O povo não entende. O povo agora quer tudo a seu tempo e na hora da necessidade. Mas não é assim e nunca será.Tem que ter planejamento. Inclusive a população precisa planejar sua vida. Não é só esperar que as autoridades criem seus filhos e lhes deem teto. Eita Deus. Tá difícil a coisa.
Juiz mandou sair, tem que sair, seja por bem ou por mal. E eu prefiro que seja por mal.
Na minha opinião se essa terra era da Codevasf e de pois passou para Associação e depois foi vendida a terceiros, então tem que ser investigada deste a origem. Pois quem conhece a Codevasf, sabe que dezenas de seus representantes e de seus respectivos apadrinhados ficaram ricos recebendo benesses dos gestores da Codevasf. Agora a pergunta que não quer calar: “Será que essa terra foi doada para a Associação corretamente”