
Um ato público estimado em cerca de 500 pessoas – segundo os organizadores – percorreu as principais ruas e avenidas de Petrolina, na manhã desta quarta-feira (20), para pressionar o prefeito Julio Lossio a abrir o diálogo em relação ao matadouro municipal, que poderá ter as atividades encerradas no próximo dia 2 de fevereiro. Mas esse não foi o único alvo do protesto.
Ao lado dos marchantes, feirantes e boiadeiros de Petrolina e de outras cidades vizinhas (a exemplo de Afrânio e Dormentes, no Sertão do São Francisco), também se juntaram os usuários do transporte coletivo, que querem uma reavaliação no reajuste da tarifa de R$ 3,80 para os ônibus da área urbana, além das famílias da Vila Chocolate e dos permissionários do Centro de Abastecimento (Ceape), ameaçados de despejo.
A concentração saiu do pátio do Centro de Convenções. Com apitos, faixas e gritos de “prefeito ditador!”, os manifestantes passaram pela frente do Fórum Dr.Souza Filho e da sede local do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), seguiram pela Avenida Souza Filho até a Guararapes, em frente à sede da prefeitura, onde bloquearam a avenida. A cavalo ou com caminhões carregados de bois e carneiros, os manifestantes chamaram a atenção de quem passava pelo local.
Alguns vereadores de oposição e líderes comunitários organizavam o ato público. Num carro de som, participantes da mobilização soltaram duras críticas contra Lossio – que segundo informações, não se encontrava em Petrolina.
Um deles foi o marchante José Roberto do Nascimento, o ‘Duda’. Revoltado contra a maneira “ditatorial” do prefeito em tratar da questão do matadouro, Duda afirmou que a categoria não vai deixar o local de trabalho de 150 pais de família ser fechado. “Ele (Lossio) foi cassado e recorreu na 1ª e 2ª instância, e hoje ele está aí. Nós também vamos recorrer”, afirmou o marchante, que também ironizou a proposta de venda do matadouro. “O prefeito só não vendeu ainda o Rio São Francisco porque não é só de Petrolina”, completou.

Desabafo
Moradores da Vila Chocolate, que abrange 200 famílias, reforçaram o ato público e pediram a sensibilidade do prefeito para evitar que sejam despejados por conta de uma ação judicial movida pelo dono da área. Mesmo sabendo que a questão não é da alçada do município, os comunitários querem um apoio da prefeitura para solucionar o impasse. “Não estamos numa invasão, e sim numa ocupação, o que é bem diferente”, desabafou uma das residentes da Vila.
Falando pelo transporte coletivo, o líder comunitário do Bairro João de Deus, Francisco Gonçalves, disse ser inadmissível uma tarifa de ônibus a R$ 3,80. Mas além disso, ele também questiona a qualidade dos veículos, uma vez que tomou conhecimento de defeitos nos ônibus recentemente adquiridos pela prefeitura. “Temos direito a um transporte de qualidade”, afirmou.
A manifestação, que ocorreu de forma pacífica e foi acompanhada por equipes do 5° Batalhão de Polícia Militar (BPM) e do Gati – além da Guarda Municipal – foi encerrada por volta das 11h.



O prefeito trabalha. Só quem é vagabundo sai nas ruas em plena manhã em dia de semana pra fazendo baderna. Vao procurar uma lavagem de roupas bando de inúteis.
Não concordo com a Ana Maria, talvez ela não saiba o que é um matadouro fora da cidade, sabemos como diversos produtos aumentando o preço, imagine aqui já estar os olhos da cara, imagine fora do estado. Sim, ela deve ter seu lindo veiculo para seus mandados, e nós andamos de ônibus pagando 3,20 por cada passagem, mas, sabemos que as eleições estão vindo aí, e temos muitos vereadores apoiando prefeito. Se liga PETROLINA.
Só gostaria de saber o motivo desse prefeito querer tanto vender matadouro, estádio, CEAPE, etc etc.E só terreno caríssimo, pense num bichim bobim…