
Cerca de 200 pessoas – entre marchantes, feirantes, comerciantes e açougueiros – compareceram na manhã de ontem (12) à Casa Plínio Amorim, para uma reunião que abordou o futuro do Matadouro Municipal de Petrolina. O encontro, com características de audiência pública, já havia sido acertado semana passada por sugestão do vereador Ronaldo Cancão, que já tinha se reunido na Casa com alguns representantes da categoria.
Do novo encontro desta terça-feira, ficou decidido que os profissionais do setor farão um grande ato público pelas ruas da cidade, na próxima quarta-feira (20), contra o não fechamento do matadouro, marcado para acontecer no próximo dia 2 de fevereiro. Além de Cancão, também estiveram presentes os vereadores Ibamar Fernandes (PRTB), Maria Elena (PSB), Zenildo do Alto do Cocar (PSB), Geraldo da Acerola (PT) e Cristina Costa (PT), além de representantes de parlamentares da cidade.
De acordo com o presidente da Associação de Feirantes da Areia Branca, Eliezer Lopes de Barros, a categoria deverá entregar um documento à promotora Ana Cláudia de Sena Carvalho, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a qual estipulou o último prazo de funcionamento do matadouro. Ela foi convidada para a reunião de ontem na Câmara Municipal, mas justificou a impossibilidade de participar. Nenhum representante da prefeitura também compareceu.
Eliezer argumenta que a ideia do movimento é tentar fazer com que a representante do MPPE reavalie sua decisão. Até porque, segundo ele, no início do ano passado, ela reconheceu avanços nas melhorias de funcionamento do matadouro. Depois, porém, recomendou o fim das atividades do local para o início de fevereiro deste ano.
Prejuízos
Para Eliezer, uma cidade do porte de Petrolina, com mais de 300 mil habitantes, não pode ficar sem um matadouro. Primeiro, pelo fato de que os marchantes pagarão mais tributos, caso o abate seja feito em Juazeiro (BA) – como pretende o prefeito Julio Lossio.
Além disso, ele argumenta (e já explicou à promotora) que a maioria absoluta dos feirantes não dispõe de câmaras frias para receber a carne resfriada da cidade baiana. Por último, Eliezer tem certeza de que os pequenos criadores serão prejudicados, porque o abatedouro de Juazeiro, agora feito por outra empresa, só recebe animais a partir de 16 arroubas. “Essa atitude vai prejudicar não só Petrolina, mas toda uma região”, avalia Eliezer, acrescentando que o fechamento do matadouro deve também estimular o abate clandestino de animais. “É também uma questão sanitária”, completa.
Falta de compromisso
Cancão reforça as preocupações do presidente da Associação de Feirantes da Areia Branca e não poupa de críticas a atual administração. Ele afirma que há sete anos, quando a luta dos marchantes começou, o prefeito não fez nenhum gesto por investimentos no matadouro – apesar dos esforços dos marchantes em promover melhorias no local. “É uma falta de compromisso e responsabilidade desta gestão”, alfinetou.
Em contrapartida, o vereador assegura que vai se mobilizar na Casa Plínio Amorim contra um projeto do Executivo propondo a venda da área onde se localiza atualmente o matadouro, na Pedra do Bode. “Não darei um cheque em branco ao prefeito”, assegurou Cancão.
Eliezer disse a este Blog que os marchantes não são contra sair do matadouro, desde que a prefeitura construa um novo antes. Já foi feita, inclusive, uma proposta para que o governo municipal abra licitação para contratar uma empresa responsável pela construção do equipamento. Segundo o feirante, Lossio não aceitou porque quer primeiro vender a área. Atualmente 150 pessoas vivem da atividade direta do abate de animais no matadouro de Petrolina.



Leva pra Juazeiro! É melhor que ficar comendo carne de cavalo, como acontece em petrolina. Ou carne de locais sem a menor condição de higiene.
Quem sai primeiro, o matadouro, o Petrolina shopping ou o VLT? Acho que o a emancipação do cacheado sai primeiro.
Então é melhor abater no esgoto, por que os feirantes não querem investir em freezer?
Pois mantenham-se no atraso. Lá em Juazeiro as carnes são resfriadas e controladas no abate.
Aqui são abatidas no meio do esgoto e vendidas em meio as moscas. Parabéns para petrolina.
Cada um tem suas escolhas, compra quem quer e onde quizer. Resfriado ou não com moscas ou sem moscas, temos que pensar na quantidade de família que dependem disso, até hoje estamos muito bem com isso, e te digo outra a carne é Boa toda.