Em contato com este Blog, o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), Felipe Mendes, rebateu os comentários de alguns servidores das Superintendências Regionais (SRs) – incluindo Petrolina e Juzeiro (BA) – que andaram criticando o modo de trabalho de Mendes à frente do órgão federal.

Sem querer polemizar, o presidente justificou que muitos funcionários ainda não perceberam o grave momento de turbulência do país, que exige medidas de ajuste, e isso acaba gerando insatisfações. “Se muita gente reclama, então estou satisfeito. Ficaria preocupado se eu fosse uma unanimidade”, declarou Mendes, descartando o rótulo de “centralizador”.

Voltando a falar em “ajustar as velas da embarcação”, ele disse que apenas cumpre as medidas impostas pelo governo federal, que fez um contingenciamento de recursos, o que deixou a Codevasf praticamente limitada a recursos de custeio básico – incluindo os perímetros de irrigação, os quais reivindicam assistência técnica. Mendes afirmou que há empresas prestadoras de serviço achando que ainda estão no tempo “das vacas gordas”, explicando o porquê de alguns cortes.

“Quem é o ordenador de despesas sou eu, não são eles. Eu poderia deixar até o barco correr, mas eu não duraria três ou quatro meses no cargo, porque seria tachado de ineficiência, de incompetente”, afirmou. Ele disse ainda estar “aberto às críticas” e vem conversando com os funcionários da região sobre esses novos tempos de adequação econômica. Na última segunda (31/08), por exemplo, ele esteve em Juazeiro, e deixou essa questão em pratos limpos. “Não busco aplausos, mas também não quero ofensas”, completou