Após o secretário de Ordem Pública de Petrolina, Jota Santos, declarar que o município não dispõe de um projeto que dê assistência aos flanelinhas e que esses trabalhadores não têm uma associação que os represente, a reportagem do Blog descobriu, no site da prefeitura municipal, que existe, sim, um programa, lançado em 2009, e que também existe uma associação.

Intitulado ‘Viver com Cidadania’, o programa da prefeitura criado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest), à época, tinha como objetivo promover a inclusão social dos flanelinhas, contribuindo na capacitação e geração de renda do grupo. Já a Associação dos Flanelinhas do Vale do São Francisco (Asflanvale) servia, em 2010, segundo a matéria publicada pela assessoria de comunicação no site da prefeitura, para as reivindicações desses profissionais.

Jota Santos disse ontem (4), em entrevista ao programa ‘Manhã no Vale’, da Rádio Jornal, que a prefeitura não pode interferir diretamente no trabalho dos flanelinhas, uma vez que não há lei municipal disciplinando a profissão. Sobre as reclamações referentes ao trabalho dos flanelinhas na cidade – sendo que a mesma possui o sistema de Zona Azul, o secretário disse que “o que cabe é coibir esta prática, porque de certa forma é uma extorsão”.

Ainda durante a entrevista, Jota sugeriu que os vereadores da cidade levem o tema para ser discutido na Câmara e assim chegar a um consenso sobre a atuação dos flanelinhas na cidade. “Inclusive é uma boa pauta para os vereadores. Acho que eles podem discutir e criar uma lei para que possamos atuar”, disse.

Sobre o assunto, a reportagem questionou a assessoria de comunicação da prefeitura para saber como anda o programa ‘Viver com Cidadania’ e a Asflanvale.