Três dias depois de deflagrarem uma greve na Agrivale, os trabalhadores da empresa encerraram o movimento após a diretoria acatar a pauta de reivindicações. O entendimento entre as duas partes aconteceu durante reunião na gerência regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de Petrolina, da qual participaram representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), da Agrivale e da comissão de greve, formada por 15 empregados. A gerente do órgão, Raimunda Pereira, intermediou o impasse.
Segundo informou a assessoria do STR, foi acordada a implantação de um banco de horas durante a semana, de segunda a sexta-feira, sendo que os funcionários não vão trabalhar aos sábados até o dia 30 de abril de 2015.
A exceção fica por conta dos dias 20 e 27 deste mês, para compensar os dias de paralisação até a última quarta (17), contabilizando 14 horas de trabalho. O acordo terá duração até o dia 30 de junho de 2015. No entanto, entre 2 de maio e 30 de junho, se houver necessidade do trabalho aos sábados (no máximo dois por mês) nas atividades de colheita e packing house, essas horas trabalhadas serão compensadas no sistema de banco de horas.
Para a diretora de Política Salarial do STR, Simone Paim, esse foi um momento decisivo não apenas para os trabalhadores da Agrivale, mas para todos os assalariados rurais do Vale. “Os trabalhadores da Agrivale tomaram uma decisão, que acarretou nesta greve pela primeira vez na história da empresa. Os trabalhadores tomaram consciência dos seus direitos, uniram suas forças e deram o primeiro passo para mostrar à classe patronal do Vale que todos devem ser tratados com dignidade e ter melhores condições de trabalho”, avaliou.
Já o presidente do STR, Francisco Pascoal ‘Chicôu’, valorizou a conquista dos funcionários da Agrivale. “Muitos podem pensar que foram poucas coisas, mas para eles foram muitas, pois trabalhando aos sábados muitas donas de casas deixam de cuidar da família e dos deveres de casa”, pontuou. (foto/divulgação)



Acho que não tem porque continuar com a convenção anual dos trabalhadores. O ideal é cada fazenda fazer seu acerto com seus trabalhadores. Será mais harmonioso e mais interessante para as duas partes. Aquele patrão que se portar injusto com seu trabalhador não terá pessoal para executar suas operações agrícolas e o trabalhador que não corresponde com suas obigações não terá nem emprego nem renda. Para mim e para os meus auxiliares será bem melhor.