Com caixão na mão, mulher passa horas aguardando carro da Prefeitura de Curaçá em frente ao HDM

por Carlos Britto // 30 de setembro de 2014 às 20:33

IMG-20140930-WA0057A vida e a dignidade humana estão cada vez mais desvalorizadas. Uma prova disso é esta mulher, na foto enviada pelo WhatsApp do Blog que, desde cedo aguardava o carro da Prefeitura de Curaçá (BA) com um caixão de criança na mão, em frente ao Hospital Dom Malan (HDM)/Imip, Centro de Petrolina. Uma cena de gerar revolta.

Com caixão na mão, mulher passa horas aguardando carro da Prefeitura de Curaçá em frente ao HDM

  1. Petrolinesnse disse:

    É e em ano eleitoral ou eleitoreiro cena triste de se ver, e no caixão existia uma criança. uma pergunta que me indaga…

  2. Maria Esse disse:

    Quanta DOR… quanta HUMILHAÇÃO….Falta de HUMANIDADE…

  3. Luciano Ferreira de Araujo disse:

    É evidente que a frota municipal, para atender à população, é pequena e que a distância de 100 km entre Curaçá e Petrolina obrigaria espera de, mais ou menos, 1 hora para atendimento. Entretanto deixar essa mãe esperando por varias horas com seu filho morto em suas mãos é algo desumano que avilta a dignidade humana da própria criança, dessa mãe consternada com sua perda e de toda a população curaçaense.
    É importante ressaltar que, juridicamente, qualquer agressão à dignidade pessoal lesiona a honra, constitui DANO MORAL e é por isso indenizável. Ainda destaque-se que são DANOS SOCIAIS aqueles que causam um rebaixamento no nível de vida da coletividade e que decorrem de condutas socialmente reprováveis. Tal tipo de dano dá-se quando se praticam atos negativamente exemplares, ou seja, condutas corriqueiras que causam mal estar social. Envolvem interesses difusos e as vítimas são indeterminadas ou indetermináveis.
    Assim, concito o Ministério Público da Bahia, fiscal da lei e guardião da cidadania, a realizar a assistência jurídica gratuita para garantir justa indenização, por danos morais, a essa mãe que teve ferida a sua dignidade humana e a reparação à coletividade curaçaense pelo dado social causado neste lamentável caso de desrespeito extremo.

  4. joice disse:

    Quanta humilhação, sena muito triste essa dessa mãe com o seu filho morto esperando uma bosta de um carro..
    Se fosse das pessoas roquinhas, antes de sair do hospital o carro já estava na porta do hospital esperando..
    É muita falta de humanidade, até quando isso vai continuar acontecendo,e ainda tem gente que diz que o prefeito é bom tenho é pena dessas pessoas é bom que passe pela mesma coisa pra saber o que é bom…..

  5. leide disse:

    Ai e muita falta de humanidade e respeito ao ser humano.
    E triste ver q a cada dia q passa
    As coisas vão só piorando cada vez mais.

  6. Ane disse:

    Sem palavras…

  7. Nay disse:

    Quero saber o que custava o próprio Hospital enviar um carro,falta de RESPEITO.
    Em vésperas de eleição,nem isso!!E Petrolina que agora é uma cidade Metrópole,olha o que esses vagabundos fazem com o cidadão?!
    Quanta Humilhação,isso dói…o quanto esta mulher não sofreu segurando aquele caixão,por pouca vergonha desses vagabundos…
    Pagamos IPTUs para quê?Para sermos tratados assim??
    Isso é um absurdo!!!
    Fico Indignada com estas atitudes.

  8. Camila Costa disse:

    É muito triste a cena. Lamentável a falta de humanidade e amor ao próximo. Eis a questão se ela está na frente do HDM/IMIP ela deve ter saido de lá, e aí eu pergunto cadê as assitência social? cadê a enfermeiras? Hummmm… Acho que deveriam está folgando para no período da tarde ir fazer campanha nos bairros para os candidatos do prefeito.
    Por que os funcionários que trabalham no prédio da prefeitura, cargos comissionados e diretores de escolas, estão sendo praticamente intimados a fazer campanha. Que pouca vergonha sr. prefeito! Os comissionados são obrigados se não perdem o cargo! E os concursados se imponham, afinal não foi ninguém que colocou vocês na prefeitura, não. Foram seus méritos!

  9. Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Curaçá-BA disse:

    Nota em resposta a matéria do Blog Carlos Britto que cita Prefeitura de Curaçá

    Curaçá, 1º de outubro de 2014.

    Em resposta à matéria “Com caixão na mão, mulher passa horas aguardando carro da Prefeitura de Curaçá em frente ao HDM”, publicada nesse Blog (Carlos Britto), em 30 de setembro de 2014 às 20h33, a Prefeitura de Curaçá deseja explicar o seguinte:

    Sabe-se, por meio da nossa apuração, que às 10h30 da manhã houve contato do setor de Assistência Social do HDM com o Hospital Municipal de Curaçá. Nesse contato ficou claro que havia uma criança falecida, cuja mãe era curaçaense. “Assim que Emília, Assistente Social do Dom Malan, nos avisou, eu comuniquei o caso à Ação Social de Curaçá e isso foi retornado para Sra. Maria das Graças que ficou encarregada de acompanhar o transporte da criança falecida. Ela disse que ia providenciar um caixão na funerária SAF, por que era de graça, segundo ela; mas eu a alertei que não precisava, pois a Prefeitura arcaria com tudo, como sempre fez e nunca aconteceu problema algum. Agora nós, aqui em Curaçá, não sabemos porque ela ficou com o caixão do lado de fora do Hospital, uma vez que o Hospital sempre aguarda a chegada do transporte funerário”, disse Andréa Torres, Diretora do Hospital Municipal de Curaçá – HMC.

    A Secretaria Municipal de Ação Social e Cidadania – SMASC realiza o trabalho de atendimento “Benefício Eventual”, estabelecido pela Lei Municipal Nº 550/2010, que trata de assistência funerária para pessoas carentes. Segundo informações da SMASC, imediatamente quando se soube do fato (após às 10h40), por meio de informação da Chefe do Hospital de Curaçá, iniciou-se o processo até o atendimento ser realizado pela Funerária Anjo do Senhor (de Juazeiro-BA), a qual fez o traslado do corpo da criança até o Assentamento Novo Horizonte, em Curaçá-BA, sob acompanhamento da comunitária Maria das Graças (na foto da matéria), uma vez que a mãe, Eva Lopes da Silva Santos, ficou internada no HDM. “Logo que soubemos, já encaminhamos a demanda à Funerária, com autorização expressa. Entramos em contato com Marcelo, atendente da Funerária, e ele nos informou que meio-dia o veículo já estava no HDM e, logo depois da acomodação do caixão, iniciou o traslado para Curaçá”, revelou Elieuzina Rodrigues, Assistente Administrativa da SMASC. Segundo ela, o traslado de Petrolina ou Juazeiro a Curaçá é feito por veículo de funerária devido exigência da Vigilância Sanitária sobre os carros da Prefeitura; logo não seria, como sugere a matéria, feito o deslocamento em algum transporte da PMC, salvo em casos específicos como ausência total de outro veículo. Mas esse ano ainda não aconteceu nenhum caso assim. Esse serviço tem sido feito pela SMASC normalmente e já beneficiou muitos curaçaenses. É o compromisso da Ação Social com a população menos favorecida do Município.

    O Governo Municipal de Curaçá não foi procurado a respeito do fato, em momento algum, por alguém do Blog, caso contrário teria dado todas as explicações, mesmo porque é um compromisso que o Governo tem com a informação correta e com a imprensa. Na matéria, não percebemos uma apuração maior quanto aos envolvidos: quem é a mulher da foto e se ela foi entrevistada; se houve denúncia ou é matéria feita pelo Blogueiro; e qual a posição do Hospital Dom Malan – HDM sobre o fato? São elementos importantes para o leitor. E se percebe aqui que: entre o anúncio do HDM até o atendimento feito pela Prefeitura de Curaçá foi um período inferior a duas horas, e não “horas” como diz na Matéria; e que terminou ao meio-dia (todo o processo), mas o Texto foi publicado somente à noite (20h33).

    Informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Curaçá

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