O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares se entregou agora há pouco na sede da Polícia Federal, em Brasília. Pelo microblog Twitter, o próprio Delúbio anunciou que estava se entregando. “Apresentando (sic) às autoridades em Brasília para o cumprimento da pena que me foi imposta em julgamento de exceção. Viva o PT! Viva o Brasil!“, escreveu.
Delúbio foi condenado a 8 anos e 11 meses de prisão pelo STF pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. Ele começará a cumprir a pena em regime semiaberto, porque pediu a revisão da condenação por formação de quadrilha. Se a revisão for aceita pelo STF, a pena seria reduzida para 6 anos e 8 meses.
Ele é o 11º dos senteciados a se entregar, já que O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolatto, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no escândalo do Mensalão, fugiu para a Itália, aproveitando a dupla cidadania. Ele vai apelar para um novo julgamento italiano.
“Por não vislumbrar a mínima chance de ter um julgamento afastado de motivações político eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um Tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália”, disse por meio de carta.
O delegado de plantão na Polícia Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Nogueira, comentou que essa deve ser “uma nota falsa” porque familiares de Pizzolatto informaram à Polícia Federal que ele iria se apresentar . O advogado do ex-diretor do BB, Marthius Sávio Lobato, teria chegado a fazer um acordo para a apresentação dele à polícia.
Segundo Nogueira, caso se confirme que Pizzolatto está na Itália, o Brasil deverá entrar com um pedido formal de extradição junto àquele país e aguardar todo o trâmite legal. Na avaliação pessoal do delegado, haveria grandes chances do governo italiano negar o pedido em função do processo do ex-ativista italiano Cesare Battisti, cujo pedido de extradição foi negado pelo Brasil. (Com informações do Diário de Pernambuco)



