Ainda causa forte repercussão em todo o estado a denúncia, veiculada ontem pelo Diário de Pernambuco, sobre um suposto esquema de tráfico de influência por parte de funcionários da Assembleia Legislativa (Alepe) no caso da adoção da menina M.A, de um ano de idade.
A representação foi feita pela promotora de Justiça e Cidadania de Olinda, na Região Metropolitana, Henriqueta de Belli.
Segundo a promotora, há indícios de amizade da advogada Giovana Maria Góes Uchoa Cavalcanti Barbosa, filha do presidente do Poder Legislativo, com o casal que estava com a criança, e que outros funcionários da casa parlamentar também estariam envolvidos no caso da guarda provisória concedida com suspeita de irregularidades pela juíza Andréa Calado.
Em nota, o presidente da Alepe, Guilherme Uchôa, disse ter recebido “com estranheza” a representação da promotora. Também afirmou que a atitude caracteriza-se “excesso e abusividade de poder” e “busca por notoriedade”. Já a bancada de oposição na Assembleia, também por meio de nota, quer esclarecimentos.
Assinada pelos deputados Betinho Gomes, Terezinha Nunes e Daniel Coelho, a nota ressalta que “neste e em qualquer outro fato que venha à tona, a transparência e a fiscalização das instituições legalmente constituídas são essenciais para a consolidação da democracia. A bancada de oposição na Assembleia Legislativa, com tranquilidade e serenidade, acompanhará passo a passo a apuração do fato mencionado”. (Foto: Tereza Maia/DP)
