
Há mais de um mês a dona de casa Bernadete Rodrigues Damasceno não consegue dormir tranquila. Ela mora na Vila Lions, no bairro Jardim Petrópolis, Zona Oeste de Petrolina, com o esposo e um filho. Na casa pequena, apenas uma geladeira, uma TV, dois ventiladores e uma conta de energia que ultrapassa o valor de R$ 700.
Bernadete arca com todas as despesas da casa, com uma renda mensal de R$ 678, dinheiro do auxílio-doença que recebe. No mês de junho, a família teve a desagradável surpresa de receber uma conta de energia no valor de R$ 744, 08. Para quem costumava pagar menos de R$ 20, o aumento é injustificável.
Segundo a dona de casa, equipes da Celpe/Neoenergia foram até a sua residência e constataram que um fio-terra estaria consumindo toda a energia. “Depois de ir várias vezes à Celpe, os técnicos vieram até a minha casa e identificaram que havia um problema na instalação, no fio-terra. Perguntei como resolveria e eles afirmaram que eu teria que pagar pelo serviço”, conta Bernadete.
Ainda houve diversas tentativas de negociação, mas a dona de casa se recusa a pagar pelo que não consumiu. No mês de julho, o valor da conta baixou para R$ 70,82. Por causa dos débitos, a Celpe cortou o fornecimento na última quinta-feira (8). “Com muita grosseria e sem razão, os funcionários da empresa terceirizada da Celpe vieram aqui e cortaram a energia. Passamos a noite à luz de velas. Meu filho torceu o pé no escuro”, reclama. Depois de uma decisão judicial, a Companhia foi obrigada a restabelecer o fornecimento.
Na justiça
Diante do que considera “um desrespeito”, Bernadete já acionou a justiça. Além de ter a luz cortada, a dona de casa alega que foi necessário ir várias vezes ao escritório da Celpe na tentativa de resolver o problema. “Deixei de fazer exames de saúde e meu filho ficou sozinho em casa várias vezes para que eu pudesse ir ao escritório da Celpe”, afirma.
Outra situação que revolta não apenas a dona de casa, mas todos os moradores da Vila Lions, é a falta de iluminação pública na comunidade. “Nós pagamos a taxa de iluminação, mas luz que é bom, nada. Vivemos no escuro e com medo”, reclama.
O Blog já entrou em contato e aguarda um posicionamento da Celpe sobre os problemas citados.
Por Monyk Arcanjo



Ahhh! Se aparecesse uma oportunidade dessa pra mim…ganharia uma boa grana da Celpe hehehehe
nesses casos, os juízes deveriam aplicar multas realmente punitivas, um absurdo.