Sucessão de Wagner movimenta cena política baiana

por Carlos Britto // 14 de maio de 2013 às 06:47

JosÈ SÈrgio GabrielliEmbora publicamente os candidatos nas próximas eleições falem em adiar o debate sobre a questão eleitoral para o ano que vem, a exemplo do governador Eduardo Campos (PSB). A movimentação pré-eleitoral é vista claramente em todo lugar. Na Bahia só o PT de Jaques Wagner tem pelo menos quatro nomes que podem concorrer a eleição para suceder o governador.

São eles: o secretário da Casa Civil, Rui Costa, o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, o senador Walter Pinheiro e o secretário de planejamento e ex-presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli (foto).

Cada um, a seu modo, vem se movimentando pelo estado a fim de angariar apoio e se apresentar à população do interior. Rui Costa tem realizado reuniões itinerantes do comitê estadual de convivência com a seca. Luiz Caetano, quando presidia a União dos Prefeitos da Bahia (UPB), realizou vários encontros em nome da entidade, e Walter Pinheiro não perde uma oportunidade de acompanhar o governador em visitas oficiais estado a dentro.

Por último, Gabrielli – que é apontado por muitos como o candidato de Lula -, além de distribuir semanalmente um programete chamado “Conversa com Gabrielli”, realiza um evento também itinerante chamado “Encontros Territoriais“, nos quais visita os territórios de identidade do interior da Bahia onde conversa com prefeitos e representantes da sociedade sobre as ações do estado.

Em recente entrevista, Gabrielli repetiu o que foi dito por Jonas Paulo, presidente do PT da Bahia, durante um encontro regional: “o PT reúne todas as condições de ter um candidato próprio a sucessão de Wagner”.

Essa declaração excluiria o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT) que no quesito ‘movimentação’ tem dado “seus pulos”, tanto por ser visto com frequência ao lado do governador em missões oficiais, quanto pelas sessões itinerantes realizadas pelo interior. É contando com esse amplo acesso à imprensa regional que Nilo se coloca, sem nenhuma cerimônia, como pré-candidato ao governo.

Voltando a Gabrielli, na entrevista concedida ao Blog ele disse achar pouco provável que a Bahia venha a fazer parte de um acordo do PT com o governador Eduardo Campos para que ele abra mão de se candidatar ao Palácio do Planalto. Nesse caso, Eduardo fortaleceria as bases do PSB no Nordeste para disputar as eleições de 2018. Isso incluiria o apoio do PT de Wagner à senadora Lídice da Mata (PSB) nas próximas eleições. No entanto, José Sérgio Gabrielli acredita que são muito pequenas as chances disso vir a acontecer. “Em política tudo é possível, mas hoje o que se coloca não é essa questão, o que se coloca é que o governador Wagner está muito bem no governo e tem direito a ter um sucessor, e o PT acha que o sucessor deve ser do partido”, afirmou. (De Rinaldo Lima/para o Blog)

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