Operação “Água Legal” da Compesa identifica novos furtos no Sertão

por Carlos Britto // 11 de dezembro de 2012 às 11:34

Dando continuidade às ações de combate ao furto de água no Sertão, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) conseguiu eliminar 23 pontos de desvio de água ao longo da Adutora do Oeste, que abastece 11 municípios da Chapada do Araripe e Sertão do São Francisco. Os trabalhos de fiscalização contam com a parceria do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Polícia Militar

Até agora a operação “Água Legal”, como foi batizada, já recuperou uma vazão de 20 litros de água por segundo, suficiente para suprir uma cidade de 8 mil a 10 mil habitantes – segundo a assessoria de comunicação da Compesa.

As irregularidades foram encontradas ao longo do traçado da adutora em áreas rurais situadas em Parnamirim, Ouricuri, Trindade e Orocó (esta última no Sertão do São Francisco). A ação foi realizada durante a última semana em todos os 180 quilômetros da adutora, entre Orocó e Araripina.

O dono do Sítio Chapada da Melancia, em Parnamirim, foi detido e encaminhado para a delegacia local. Ele estava usando a água desviada para irrigar uma grande plantação de melancia. Outros dois desvios de água de grande porte foram identificados próximos ao Povoado de Urimamã, também em Parnamirim. Nessa área, as ligações eram executadas em tubulações de 50 milímetros, mesmo diâmetro utilizado para distribuição de água em áreas urbanas, e estavam sendo usadas para abastecer pelo menos três propriedades rurais.

Absurdos

Em uma delas foram encontrados dois imóveis de alto padrão, com sistema de irrigação para manutenção de jardins, além de um açude recém-construído, porém ainda seco. Já em Trindade, foram encontrados três desvios para suprir uma fábrica de gesso e uma ligação clandestina em uma granja que abatia aves. Todas as irregularidades foram eliminadas, sendo feitos dois Boletins de Ocorrência. Os responsáveis não foram encontrados.

“Os desvios diminuem o volume de água que deveria chegar às residências e, por isso, muitas vezes é necessário implantar rodízios no abastecimento ou deslocar carros-pipa para levar água à população, enquanto ela está sendo utilizada, de forma irregular, para manter plantações irrigadas, criações de animais e até encher açudes e barreiros”, explica o superintendente da Compesa nos Sertões Central, do São Francisco e Araripe, Cássio Pinheiro. (Foto/divulgação)

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