De desacreditado a bicampeão olímpico. Jogando um voleibol de primeira linha, com exceção do primeiro set, quando estava visivelmente nervoso, o time brasileiro mandou a desconfiança para longe, não deu chances ao favorito Estados Unidos e venceu a final dos jogos olímpicos por 3 sets a 1, parciais de 11/25, 25/16, 25/20 e 25/. O time já tinha chegado ao lugar mais alto do pódio em 2008, em Pequim, na China. Os destaques da partida foram as pernambucanas Dani Lins e Jaqueline, Sheila e a líbero Fabi.
Essa foi a terceira medalha de ouro conquistada pelo técnico José Roberto Guimarães. Ele já havia ganho os jogos olímpicos com o vôlei masculino, em 1992, e com as meninas do Brasil, em 2008.
O Brasil começou o jogo bastante nervoso. As bolas das principais jogadoras, como Sheila e Thaiza, não funcionavam. Isso deu confiança aos Estados Unidos, ao mesmo tempo que esfriou os ânimos da seleção brasileira. Além disso, o bloqueio brasileiro não funcionava. Com isso, as norte-americanas não tiveram dificuldades para impor o ritmo de jogo e fechar o primeiro set em 25 a 11, o maior placar em uma final de jogos olímpicos.
No segundo set, o papel se inverteu: as bolas brasileiras começaram a cair e a intranquilidade e nervosismo passaram para o lado da quadra americana. O time brasileiro passou a forçar e acertar mais os saques, quebrando o passe dos Estados Unidos. Resultado: o Brasil fechou o segundo set por 25 a 16.
O terceiro set foi mais equilibrado. As duas equipes trocaram várias bolas, mas o Brasil contava com a inspiração de Jaqueline e da líbero Fabi, que defendiam praticamente todas as bolas que chegavam na quadra brasileira. Dessa forma, mesmo o set equilibrado, o Brasil conseguiu abrir uma boa vantagem de pontos e fechou o set em 25 a 20.
No quarto set, os Estados Unidos foram para o tudo ou nada, já que precisavam ganhar de todo jeito para forçar o tie-brake. Mas o Brasil permaneceu jogando um voleibol de primeira linha e não deu chances às adversárias. Em determinados momentos, na base da vontade, as americanas até conseguiam encostar no placar, mas nada que tirasse o sono das meninas comandadas pelo técnico José Roberto Guimarães. O Brasil sempre mantinha sua tranquilidade e postura dentro de quadra, venceu com facilidade, por 25 a 17, e conquistou o bicampeonato olímpico. (Do JC Online)


