O ex-deputado Geraldo Coelho torceu o nariz para a implantação do Exame Nacional do Ensino Médio na Universidade Estadual de Pernambuco (UPE). Abaixo segue, na íntegra, a carta enviada ao reitor da instituição, Carlos Calado, por Geraldo Coelho:
Petrolina, 10 de Abril de 2012.
Reitor CARLOS CALADO,
Universidade de Pernambuco – UPE.
Surpresa desagradável o ENEM para UPE de Petrolina.
Histórico – Nos idos de 1940 estudei em São Paulo, no Mackenzie, e me formei Engenheiro em 1948. Uma viagem de 15 dias de Petrolina a São Paulo.
Quando Prefeito de Petrolina tomei a iniciativa em 1976 de fundar o primeiro curso de nível Superior no interior de Pernambuco.
Inicialmente foi Administração de Empresas, e hoje são 8 cursos pela FACAPE – Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina.
O Governador Paulo Guerra instalou a Faculdade de Formação de Professores de Petrolina. Como Deputado Estadual, com sua ajuda, conseguimos trazer os cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição.
Oswaldo Coelho, quando Deputado Federal, criou a UNIVASF e assim interiorizou no Vale do São Francisco muitos outros cursos de Nível Superior. E tudo isso com Vestibular centralizado em Petrolina e Juazeiro, privilegiando os jovens da Região.
Apareceu agora a Surpresa desagradável.
Após seis vestibulares sem ENEM, beneficiando jovens do Vale do São Francisco, o seu advento atingiu em cheio a UNIVASF. Para se ter uma ideia, agora em 2012, de 50 vagas de Medicina, até a segunda chamada em fevereiro, apenas 3 da região do Vale foram privilegiados. O restante são do Brasil globalizado.
A exemplo de uma jovem de Petrolina, aprovada em Medicina na UNIVASF, que foi classificada para Manaus. A família dela não tem condições econômicas.
Agora li nos jornais que você, contrariando nossa decisão, vai incorporar a UPE no ENEM.
Reexamine e não inclua Petrolina.
Tão logo foi criado o ENEM, tivemos uma boa conversa e fomos solidários em deixar a UPE ausente.
Os jovens estudantes do Vale do São Francisco já são por natureza colaboradores do desenvolvimento, e sendo diplomados a colaboração é excepcional, pois aqui ficam, e o impacto é muito positivo para o desenvolvimento econômico da Região.
Interiorização do Ensino Superior é para adequar quem nasce na sua região, e, portanto, sem competitividade global.
Vou confiar e acreditar que a UPE seja ausente do ENEM.
Coincidentemente ontem (dia 09.04.2012), estive numa reunião na UNIVASF com um grupo de jovens estudantes em vários colégios da região e da própria UNIVASF, juntamente com 03 professores daquela Universidade, onde o assunto dominante foi a insatisfação com a continuidade do ENEM. E tenho certeza que não vai parar por ali, ou seja, haverá outros desdobramentos.
Atenciosamente,
GERALDO COELHO



Que esse assunto é polêmico isso é… agora, que esses homens Geraldo e Oswaldo, dão o máximo e o melhor de suas forças pela sua cidade, isso é muito mais ainda…!!!
“” Concordo com Geraldo Coelho, a tão sonhada univesidade federal,
que foi tão esperada para pelos jovens da região, hoje serve somente
para os jovens de outras cidades que depois de formados, deixam
Petrolina e vão prestar serviços nas suas cidades de origem, sou a
favor de se acabar com o enem, além do mais não passa nenhuma
confiança a população, “
Esse realmente é um assunto polêmico. Mas o que o Geraldo Coelho não pode esquecer é que assim como ele foi para São Paulo, fez faculdade e voltou para servir em sua cidade de origem, os jovens de São Paulo e do Brasil inteiro tem o direito de estudar aqui e voltar para suas cidades. Essa mesma discussão bairrista que estamos tendo aqui, eles têm no sul e sudeste. Se não vamos aceitá-los, eles também não tem porque nos aceitar lá. Nesse ponto, sairemos perdendo e muito, já que a maioria das vagas e as melhores universidades estão lá.
DREDA VC FOI EXCEPCIONAL NAS SUAS COLOCAÇÕES. BAIRRISMO MESMO!!! E NUM SÓ FOI NA ÉPOCA DELE QUE COELHO IA ESTUDAR FORA, AINDA HOJE VÃO.
Apoiado sabias palavras.
O ENEM é uma excelente porta para os jovens de familias humildes brasileiras conseguirem cursar em alguma Universidade Brasileira que, ao mesmo tempo, estão competindo com igualdade àqueles que estudaram em boas escolas particulares e que também podem pagar cursos pré-vestibulares.
Será essa a preocupação do Dr. Geraldo, pois estão conseguindo cursar em Faculdades muitas pessoas pobres e que anteriormente com os Vestibulares pagos eram mais difícil?
Você está enganado nesse ponto. Uma pessoa pobre não tinha mais dificuldade de entrar em um vestibular porque o mesmo era pago. A dificuldade ocorria porque ele concorria com gente que estudou em melhores escola, geralmente particulares. O ENEM permite que alunos das melhores escolas de São Paulo concorram aqui na Univasf sem nunca ter pisado no sertão, então teoricamente prejudica os mais pobres. Por outro lado, permite também o caminho inverso.
Marivaldo,
Creio que o senhor não tem propriedade no que diz, pois se tivesse acesso à Univasf teria uma opinião diferente, veria que não tem são muito pouco os alunos de famílias humildes, e destes, há uma diminuta parte do próprio Vale do São Francisco. Por favor, antes de emitir uma opinião, faça uma pesquisa.
Realmente o assunto é muito polêmico e controverso, mas concordo com o deputado em relação ao Enem. A Univasf foi criada com o intuito de interiorizar a educação superior, priorizando, em especial, a região do Vale. Muitos argumentam que as universidades são para as pessoas que estudam e que por isso não se deve privilegiar uma região em detrimento de outra, pois todos tiveram chance de estudar e não estudou quem não quis. Sendo assim, deveriam abolir toda e qualquer tipo de cotas, sejam elas para negros, estudantes de escolas públicas ou índios, pois todos tiveram chances de estudar. Não é? Não! Será que os alunos das escolas públicas tiveram as mesmas oportunidades e regalias que os estudantes de escolas particulares? Creio que não. E o mesmo ocorre no que se diz respeito as regiões brasileiras. É sabido que as regiões Norte e Nordeste não são as mais privilegiadas do país. Piores índices de saúde, de segurança e educação. Então como se espera que os alunos da região estejam no mesmo nível dos alunos que estudam nas melhores escolas do país? Como querem que um estudante que tem que acordar 4:00h da manhã e que anda vários quilômetros até a escola mais próxima, muitas vezes mal alimentado, esteja no mesmo nível daquele que vai de carro próprio para a escola? É muito difícil. Mas você ainda pode argumentar, perguntando-me como existem pessoas da região que conseguem passar na Univasf, mesmo com todos esses empecilhos, como os três de medicina. Só tenho uma coisa a dizer: são exceções. E, como diz o poeta, o mundo é feito de regras e não de exceções.
P.S.: Não acredito que o Enem seja tão bom para os pobres, pois, assim como ele facilitou para os pobres, facilitou ainda mais para os ricos e bem-nascidos.
O interesse em vencer através dos estudos ou outro meio qualquer é movido principalmente pelo fator da motivação. São os motivos que nos mantém fortes para persistir. As experiências sociais mostram que os obstáculos são mais importantes do que a ausência deles. Assim, não vejo fundamento positivo em facilitar o ingresso de estudantes que em sua maioria não dá valor a educação formal que vivencia, seja ela em educação pública ou particular. Esse discurso separatista e assistencialista precisa acabar para o aluno amadurecer e entender que a vida é feita de batalhas. E o vestibular é somente o princípio delas.
Pois é falasério. Além do ENEM ser a maior lição de igualdade e cidadania que o Brasil vivenciou nos últimos tempos, vai “forçar” o estado e município a melhorar o ensino básico, pois este sim é a base de tudo. Então, o que os políticos da região precisam fazer é cobrar do Estado e Municípios melhores condições de ensino da educação infantil até o ensino médio, dotando as escolas com melhor estrutura física, equipamentos de última geração, e, principalmente, incentivando e capacitando os professores (estes são esquecidos, humilhados e marginalizados pelos governos).
parabéns!
concordo sim com o senhor, a universidade foi criada pra educar quem ñ tem condições financeiras de ir estudar em outras regiões. isso é um absurdo, uma falta de respeito com a nossa região quer dizer que a partir de agora vem uns bonitos de outros lugares tomar o lugar de quem lutou pra ter o direito de cursar um nivel superior sem ter que sair de sua casa, por que saindo o custo de vida fica muito mais caro e a maioria ñ tem condições de manter. FORA ENEM!
Concordo, esse assunto gera e divide opiniões, mas, sou contra o Enem, no nosso país a educação não é concentrada de uma mesma base. Existe em algumas regiões do Brasil como a Região Norte e Nordeste um déficit em relação as demais regiões. Se querem aderir ao Enem, que não seja de uma forma total. Algumas Universidades dividem as vagas, deixam 50 % para o uso do Enem como avaliação, e 50 % para o uso de vestibular tradicional. E também vamos combinar desde de quando o Enem passou como método de entrada nas Universidades só traz problemas, é fraude, é erro no banco de questões como aconteceu agora no último os alunos que tiveram questões aplicadas no pré teste e no Enem. Ou seja, para que a educação melhore no país é preciso primeiro investir mais em professores, em escolas, no transporte, para depois lançar um método como o Enem e disser que o mesmo irá universalizar a entrada de estudantes nas Universidades.
O tiro poderá sair pela culatra…
Prezado autor, leitores e comentaristas de plantão. É verdade que o ENEM pode até ter suas injustiças, mas pior seria sem ele. As cotas estão aí para facilitar a entrada na universidade aos jovens oriundos da escola pública. No caso da UPE ou UNIVASF, deixando-as de fora do ENEM teria que se aplicar um vestibular tradicional, que provavelmente não poderia ser no mesmo dia do ENEM (os próprios estudantes não aceitariam), conclusão: o referido vestibular poderia em alguns cursos (que é o caso de medicina) ser até mais concorrido do que o próprio ENEM, uma vez que seria inconstitucional barrar do VESTIBULAR REGIONAL, alunos originários de qualquer região do BRASIL, sendo assim, acho na minha modesta analise, que os nossos estudantes, precisam é de mais dedicação e de um ensino de melhor qualidade.
O ACESSO AO CONHECIMENTO, DEVE SER UNIVERSAL!
Leví Nunes Moraes – Professor Historiador.
Concordo com o Dr. Geraldo.
Corrigindo: Oswaldo Coelho, quando Deputado Federal, “ajudou a criar” a UNIVASF …
Agora, a minha opinião: A UNIVASF não é só medicina. Se o deputado é bem informado, ele sabe que o Brasil está precisando mais é de engenheiros e não de médicos. Engenheiros podem sim contribuir mais com o desenvolvimento da região. O deputado deveria saber disso, já que essa é a sua formação. Há muitos médicos no país, mas eles preferem ficar nos grandes centros, pois há uma melhor infraestrutura. Devido a formação ruim, a maioria dos médicos não se sente segura de fazer diagnósticos sem equipamentos modernos e dezenas de exames laboratoriais e assim, mesmo com salários mais atrativos, eles não querem ir para o interior. Dessa forma, não é o fato do médico ser daqui que ele vai preferir ficar aqui. Ele fatalmente vai fazer uma residência fora e vai acabar ficando no lugar que lhe pagar mais e que lhe oferecer as melhores condições de trabalho.
O que que é isso Dr. Geraldo?!!!!
Temos é que fortalecer o Enem! Para que todas as faculdades e Universidades o adotem!
A Univasf é do Brasil, os petrolinenses que se esforcem para estudar e passar na Univasf.
Aliás, Petrolinense não gosta de estudar aqui. Acha mais chique dizer que o filho estuda fora. Veja, a sua própria família nenhum estudou ou estuda aqui. É tudo fora, de preferência no exterior. Porquê?
bravo!
O vestibular é aberto a todos. O ENEM, ao contrário do que falam, é mais importante para as pessoas de baixa renda, que para aquelas que tem um certo poder aquisitivo. Se não temos um bom números de estudantes de Petrolina na UNIVASF é porque poucos querem estudar mesmo. Na época que fiz vestibular paguei caro, e ainda mais, não tinha as opções de universidades e cursos que os jovens tem hoje. Na escola pública o aluno recebe, transporte, merenda, livros didáticos, bolsa-escola, fardamento, materiais escolares e tablets, porém, poucos querem estudar.
Vetar o ENEM é prejudicar os alunos que realmente querem estudar. Quem reclama é quem quer entrar em uma universidade sem estudar. Mais nocivo que o ENEM são as cotas. Quando alguns brasileiros tomarem vergonha na cara, reconhecerem que seus filhos não querem estudar e pararem de colocar a culpa no governo aí sim este problema será resolvido.
Educação é luxo e o governo dá a oportunidade, agora querer entrar em uma universidade sem estudar aí é demais.
Quem criou a UNIVASF foi LULA! Osvaldo falastrão passou 40 anos no poder e não teve a capacidade de atrair pra Petrolina esta a UNVASF!
Não seria melhor investir na educação pública básica de Petrolina, para que os estudantes daqui tenham melhor competitividade? Se os estudantes daqui não estão entrando, há algo de errado com a educação deles. É mais fácil culpar o ENEM. Ora, passa quem é mais preparado. O problema é que grande parte de nossa juventude recebe mais investimentos para dançar pagodes em puxadas do quê em educação. Depois ficam reclamando.
falou tudo.
Galdino eu li todos os comentarios do pessoal acima e continuo concordando com os que são contra o ENEM porem, você foi demais, você excelente em suas colocações! Parabéns!
:)
Durma com um barulho deste! Se quisermos ser maioria nas universidades instaladas na nossa região, devemos cobrar dos prefeitos e governadores melhorias na qualidade do ensino fundamental e médio, o resto é “conversa pra boi dormir”
A universidade é federal.
A saúde não pode ser distrital.