Há meses a dona de Casa Valdelice Cerqueira Tavares (foto) vem sofrendo uma verdadeira maratona na tentativa de retirar um tumor no rosto. Segundo a moradora do Vale do Grande Rio em Petrolina depois de ir várias vezes ao Hospital de Traumas e não ter resposta sobre o assunto foi encaminhanda para o Hospital Regional em Juazeiro, que também não resolveu o problema e reconduziu a paciente para o Hospital de Traumas. “Fico para cima e para baixo, sem que ninguém resolva, o médico do Regional me disse que era câncer e me mandou de volta para o Hospital de Traumas, onde já fui várias vezes sem sucesso”, disse.
Com muitas dores e sem condições de continuar trabalhando como catadora de papelão (profissão que tinha antes da doença) Valdelice se preocupa com o estado de saúde dela e a condição financeira da família. “Me incomoda muito esse tumor, não posso tomar sol, dói, coça e por isso não posso sair para trabalhar, meu marido é deficiente e também não aguenta trabalhar, tenho sete filhos e três netos que moram comigo e hoje sair e nem deixei nada para eles comerem, o dinheirinho que ganho pago passagem de ônibus para os hospitais, e isso quando dá, porque quando não tem vou a pé mesmo. Agora por último no Hospital de Traumas me disseram que vão fazer um reunião para resolver meu caso, mas ninguém me disse quando”, concluiu.
A assessoria de comunicação do Hospital de Traumas já foi informada sobre o assunto.



Caro Britto,
Deus deve tocar no coração de alguém que possa fazer algo por essa senhora. Só quem já acompanhou de perto (como eu acompanhei) três entes queridos na família, com essa maldita doença é que pode avaliar o quanto deve sofrer essa pobre mulher.
Que país é esse?! Vejam quantas desigualdades nós ainda presenciamos. Quem tem condições vai para o Hospital Sírio-Libanês, embora muitos não encontrem a cura, e outros ficam penando, vagando a esmo à procura de que algum hospital PÚBLICO, DO POVO (redundante mesmo), que possa pelo menos fazer a cirurgia.
Para o tratamento pós-cirúrgico (quimioterapia ou radioterapia), dona Valdelice, se continuar sendo desconsiderada como cidadã, percorrerá outra Via-Crucis, e assim mesmo, não se sabe se obterá êxito.
Enquanto isso, a nossa Constituição Federal garante no seu Art. 3º:
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
No seu Art. 5º (tão propalado e pouco respeitado), “garante”: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
E o mais agravante, segundo o Art. 196: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Vê-se, nesses excertos da CF, que os direitos da Sra. Valdelice, assim como de milhões de pessoas no Brasil, nem de longe estão sendo garantidos, caso contrário ela talvez nem tivesse sido acometida dessa enfermidade, se tivesse tido direito a acompanhamento médico, exames laboratoriais, atenção na rede básica de saúde.
Enquanto não se cumpre a Constituição Federal, vamos aguardar pela sensibilização e gestos humanitários de alguns “gatos pingados” da sociedade.
Boa Sorte, dona Valdelice! Que Deus a cubra de bênçãos! São os meus votos.
Paulo Robério Rafael Marques
Pelo amor de Deus! Políticos de Petrolina e Juazeiro! Incompetentes diretores dos hospitais da região! Vc´s podem fazer algo, portanto, façam!
Qt a população, vamos nos mobilizar! Vamos cobrar p q esta mulher seja atendida com dignidade!
Onde está o prefeito da saúde? O que mais fez, faz e vai fazer?
Os cidadãos de Petrolina estão agonizando… onde estão os vereadores, os deputados federais e estaduais que nos “representam” tão bem?
Se é publicidade o q precisam, esse caso vai trazer!
Façam algo!!!!
O Pior amigos amigos, e que os hospital de traumas que e adiministrado por uma universidade que disem ser de referencia do vale São do Francisco. O o medico que a tendu essa senhora deveria saber que o unico lugar que trata casos de cancer em petrolina e o centro de oncologia, bastante conhecido na região, e não o regional de Juazeiro. que Burros e são universitarios.
Engano seu. A referência em oncologia da Macrorregional não-ginecológica e não-infantil é o Hospital Regional de Juazeiro. O trabalho da APAMI é bonito e bem feito, mas a referência agora é o HRJ.
O Senhor Eugênio, tão arrogante em seu comentário e nao sabe que para a região do Vale do São Francisco a referência em tratamento oncologico é sim o Hospital Regional- IMIP! Lá senhor Eugênio, no Regional-IMIP, existe Centro de Oncologia que oferece tratamento Quimioterapico e realizam cirurias oncologicas. Antes de chamar os demais de burros procure saber escrever melhor, antes de criticar procure aprofundar seus argumentos…
Mais interessante ainda é que ninguem questiona porque o Regional recusou o atendimento!
Além dos embasamentos legais da Constituição Federal e outros princípios éticos de nossa sociedade, constata-se falta de sensibilidade humana diante da carência, necessidade, exclusão e abandono em que vive grande parte de nossa populção. Os órgãos da gestão pública, responsáveis pela saúde da população(de todos). É necessário mais sensibilidade humana, indgnação ética diante de realidade como a referida neste blog. Se as autoridades, os responsáveis não tomam as providências cabíveis, a sociedade civil precisa tomar alguma providência. Ofereço-me para coloabora e unir-me a outros cidadãos para ajudarmos essa senhora.
Apesar da recusa do Hospital Regional, que como já foi dito em diversos comentários postados aqui, é referência em oncologia da Macrorregional não-ginecológica e não-infantil , a paciente retornou ao Hospital de Traumas e a aquipe médica desta unidade se mobilizou para resolver o caso da senhora, como ela mesmo relata na matéria. Ninguem dúvida que a doença pede urgência, ninguem pode imaginar a angustia que essa senhora esta passando, ams procurem saber dos fatos.
Juazeiro envia diariamente dezenas de pacientes para o Hospital de Traumas, os corredores do hospital esta lotado porque recebe pacientes de todo norte baiano e eles não nos dão o mesmo tratamento!
Agora o porque do Hospital Regional- IMIP recusar atendimento de uma especialidade que ele é referencia, ninguem sabe…
Para o seu conhecimento, o atendimento do Hospital Regional não é espontanea mas por demanda. Ou seja, para quem não entende, o paciente tem que ser referendado, demandado, encaminhado pelo PSF ou UBS do seu bairro para aquele referido especialista. Se ele é de Petrolina terá ainda que se dirigir à secretaria de saude do municipio para ser regulado – quer dizer: a secretaria de saude é que marca a consulta e/ou o transfere para o municipio onde é oferecido o atendimento. Daí ser tão complicado para o entendimento de todos. Às vezes não foi apenas uma recusa de atendimento mas o cidadão bateu com a cara na burocracia do sistema!
O modelo do SUS foi copiado da Inglaterra e lá funciona, resta o governo copiar também a cabeça dos ingleses que o fazem funcionar muito bem!
Deixem de briga para ver quem é o melhor centro de oncologia, se tem tanto centro de oncologia sobrando assim porque essa senhora não foi ainda tratada? O que ta faltando é vergonha na cara dos administradores da saúde pública, o exemplo vimos agora no Fantástico, quem sabe os administradores da saúde pública de Petrolina e Juazeiro não estão praticando aquela “ética de mercado” flagrada na reportagem e estão mais preocupados com os 10, 15 ou 20% do que com a saúde de seus pacientes??
Saude em primeiro lugar, muito bom!
Incompetentes não querem assumir a buxa…
E a moça nesse estado ainda tem 7 filhos e 3 netos… esse país é uma desgraça mesmo! Difícil saber quem é mais ignorante…