Depois de Juazeiro, Pinzoh fará lançamento em Petrolina de sua mais recente inspiração poética

por Carlos Britto // 06 de fevereiro de 2012 às 21:33

Em Juazeiro, o poeta Josemar Martins (foto) talvez passe desapercebido. Mas se disser que é “Pinzoh”, a coisa muda de figura. Professor do curso de comunicação da Uneb, ele faz da poesia sua profissão de fé. E não é de hoje.

Pinzoh já participou de vários concursos do gênero, ganhou alguns, além de musicar poemas em parceria com amigos. Passados 25 anos desde o lançamento do primeiro livro – “Come-Tendo Poesias”, Pinzoh retoma o caminho das letras com a publicação do livro, O mesmo outro, que será lançado na próxima quinta-feira (09), no Bar Solar da Praça, em frente à 21 de Setembro, bem no centro de Petrolina-PE.

Diferente do primeiro trabalho, que teve a parceria do amigo José Carlos Rêgo, Pinduka, neste, O mesmo outro, o autor, que nasceu no interior do município baiano de Curaçá, é doutor em Educação e Professor Adjunto da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, se mostra bem mais maduro e seguro da escrita poética.

Em pouco mais de 100 páginas, Pinzoh reúne criações variadas, tanto em termos de estilo e tema, quanto de idade dos escritos. Soltos pela obra, vamos encontrar seu primeiro poema, A Mão, ganhador de um concurso de poesias, em 1984 e um dos últimos, Brilhantes, fruto da última fornada. O título faz alusão a um outro, a uma outra substância subjetiva do autor e da criação, que faz emergir a escrita poética, talvez um “eu lírico”, que se mostra nos poemas e que o autor não tem a oportunidade de mostrá-lo na escrita acadêmica, sempre mais sisuda.

“É apenas um livro de poesias, sem pretensões de explicar nada e sem prometer salvar o mundo de nada. É só um gesto poético e deve valer por isso”, conforme define o próprio autor.

Em um dos momentos mais marcantes da obra, prefaciada pelo poeta Lupeu, Pinzoh propõe: “Quando a noite for menina feita/ molhar tua boca de refrões refrescos/ frases sem verdades, só sonoridades/ chiados excitados nos ouvidos…” E depois, o poeta que lançou o livro primeiramente em Juazeiro, no final do ano passado, continua a travessia da “safra de insônias que nasceu como rascunhos de mim mesmo…Minha forma de inscrição rupestre talhada a unha no fundo da minha caverna”, concluindo simplesmente: “Meu exercício de nudez ”. (Da CLAS Comunicação c/foto)

Depois de Juazeiro, Pinzoh fará lançamento em Petrolina de sua mais recente inspiração poética

  1. Carlos Coelho disse:

    Como evento de cultura em nossa cidade é difícil, vamos aproveitar esse que vem de Juazeiro-BA , gente interessante , música boa , tudo de bom.

  2. Jonh disse:

    Boa sorte PROFESSOR! A sua poética é de primeiríssima qualidade, me lembro de alguns versos soltos seus “quando eu ficar velho, por favor não erre meu troco, não me chame de louco..” boa jornada de lançamento PROFESSOR!

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