O corpo da sétima vítima do desabamento de três prédios, no Centro do Rio de Janeiro, foi localizado na manhã desta sexta-feira (27). Até o fim da madrugada desta sexta, seis corpos foram localizados. Segundo a Polícia Civil, quatro vítimas foram identificadas.
Foram identificados Celso Renato Braga Cabral, Cornélio Ribeiro Lopes, Margarida Vieira de Carvalho e Nilson de Assunção Ferreira. Parentes também identificaram o corpo do catador de lixo Moisés Moraes da Silva. Na madrugada desta sexta, o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, informou que as buscas vão continuar por mais 48 horas na área dos escombros do desabamento.
“A gente corre contra o tempo. Eu trabalho com uma margem de 48 horas. Esse é um prazo que eu estou me impondo para encerrar as buscas“, disse o coronel, acrescentando que, após esse prazo, o trabalho de retirada dos escombros será de competência da prefeitura.
Para Simões, o modo como o desabamento parece ter ocorrido dificulta ainda mais as buscas. “É essa nossa estimativa (de mais dois dias de trabalho) em razão da dificuldade que a gente está encontrando. O volume de material é muito grande. A essa altura já era para nós termos encontrado mais corpos, mas a sobreposição das lajes efetivamente é um dificultador”, avaliou.
Desaparecidos
Logo após a confirmação da localização do quinto corpo, a Secretaria municipal de Assistência Social disse que ainda havia 21 pessoas desaparecidas. No entanto, ainda não há informações se este número caiu para 20, após o resgate do sexto corpo.
De acordo com a secretaria, o nome desta sexta vítima – que ainda não foi identificada – pode não constar na lista dos desaparecidos. Se isso for confirmado, o número pode permanecer o mesmo.
Mais cedo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou em coletiva à imprensa que 26 famílias procuraram informações sobre pessoas desaparecidas.
Inquérito
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as responsabilidades do desabamento ocorrido na noite de quarta-feira (25). Na quinta-feira (26), o titular da 5ª DP (Mem de Sá), delegado Alcides Alves Pereira, ouviu sete testemunhas e dois policiais que prestaram socorro às vítimas logo após o colapso das estruturas.
O desabamento ocorreu por volta das 20h30 de quarta. Um prédio de 20 andares, outro de 10 e um imóvel de cinco pavimentos ficaram em ruínas. O trânsito nas ruas situadas nas imediações do Theatro Municipal foi interditado nesta quinta.
“Obras ilegais”
Para o prefeito Eduardo Paes, a principal hipótese é que o desabamento tenha sido causado por um dano estrutural, já que não há informações sobre explosão ou vazamento de gás. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) informou que obras “ilegais”, sem registro no conselho ou na prefeitura, eram realizadas no prédio de 20 andares. (Do G1 c/foto)



Só falta a imprensa sulista dizer que a culpa pela tragédia foi de FBC e do Min. da Integração.