Ministério da Integração Nacional é questionado sobre verbas do programa de Prevenção e Preparação a Desastres

por Carlos Britto // 03 de janeiro de 2012 às 18:37

A unidade da Federação que mais embolsou verbas do programa de Prevenção e Preparação a Desastres em 2011 foi Pernambuco, estado do atual ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que recebeu R$ 25,5 milhões. O valor representa 90% dos quase R$ 29 milhões pagos em obras iniciadas no ano passado. Se forem considerados os compromissos assumidos em gestões anteriores, Pernambuco recebeu R$ 34,2 milhões. Bezerra está cotado para disputar a prefeitura da capital do Estado, Recife.

Duas obras responsáveis por grande parte dos gastos foram assinadas pela presidente Dilma Rousseff, em viagem ao município de Cupira (PE), no final de agosto. As barragens de Panelas 2, em Cupira, e de Gatos, no município de Lagoa dos Gatos, somam R$ 50 milhões em recursos já comprometidos desde maio. O dinheiro está sendo liberado no decorrer das obras. No ranking das unidades da Federação que mais receberam recursos do programa, incluindo os restos a pagar, o segundo lugar ficou com o Estado da Bahia, com R$ 32,2 milhões. São Paulo ocupa a terceira colocação com R$ 16,3 milhões recebidos em 2011,

O programa de prevenção apresenta outro problema. Entre 2004 e 2011, o programa de “prevenção e preparação para desastres” deixou de investir R$ 2 bilhões na tentativa de minimizar danos e prejuízos provocados por tragédias naturais em todo o país. O valor é a diferença entre o orçamento autorizado para o programa e o que foi, de fato, desembolsado. Entre 2004 e 2011, as dotações autorizadas somaram R$ 2,8 bilhões, dos quais apenas R$ 695,4 milhões (24,5%) foram aplicados. Assim, de cada R$ 4 previstos em orçamento, cerca de R$ 1 foi aplicado. Em 2011, o programa executou apenas R$ 155,5 milhões, correspondente a 30,6%, dos R$ 508,5 milhões previstos. Em valores constantes, a execução de 2011 é a menor dos últimos três anos.

Nos últimos oito anos, 2010 foi o ano em que mais se gastou com prevenção. Naquele ano, foram desembolsados R$ 167,5 milhões para atender estados e municípios em ações preventivas a desastres naturais. A cifra, no entanto, representa apenas 39,4% dos R$ 425 milhões autorizados.

Falta de participação

Segundo o Ministério da Integração Nacional (MI), responsável pelo programa, falta participação dos estados e municípios no planejamento e estruturação de projetos que permitam que recursos sejam aplicados de maneira correta. Neste ano, por exemplo, somente os estados de Pernambuco e Santa Catarina encaminharam projetos à Pasta, conforme informações do secretário-executivo, Alexandre Navarro. (Do UOL/Contas Abertas)

Ministério da Integração Nacional é questionado sobre verbas do programa de Prevenção e Preparação a Desastres

  1. tupiniquim disse:

    Troque a foto do mapa por uma do ministro!

  2. DAVID NOMERO DE MACEDO disse:

    O NOSSO SUPER MINISTRO FBC ESTA NO BLOG DA EPOCA.MAS NÃO MUITO BEM NA FOTO.

    1. UM DIA É DA CAÇA NOUTRO DO CAÇADOR? disse:

      Vamos com tudo para a vitoria ODACY,TODOS JUNTOS E MISTURADOS!

  3. Dreda disse:

    Acho uma falta de vergonha cada político que chega para comandar a política no Brasil se voltar apenas à suas bases eleitorais. Por isso temos tanta dificuldade de crescer como País. Mas convenhamos que 25 milhões não significam nada no orçamento de qualquer Pasta. E a acusação não é de que ele embolsou o dinheiro, mas apenas que direcionou para o seu Estado.

    1. Desconstruidor de Discurso disse:

      Para o seu Estado ou para Recife. Petrolina até agora não recebeu um centavo.

  4. Petro disse:

    Os sulistas fazem pior

    Não entenda como bairrismo nem como atestado de defesa do ministro Fernando Bezerra Coelho, mas o titular da Integração está corretíssimo em privilegiar o seu Estado na liberação de recursos. Ministros do sul maravilha agem diferentes? Para falar apenas do Nordeste, quanto Ciro destinou ao Ceará quando ministro?

    Na Bahia de todos os santos e pecados também, como agia ACM na época em que comandou a pasta de Comunicações? E Geddel Vieira, mais recentemente, ocupando o mesmo cargo de Bezerra? Não faço aqui a apologia do uso da máquina.

    Longe disso! Mas, se um ministro não olhar de forma diferenciada para o seu Estado será acusado de omisso. Ninguém foi mais benevolente com o seu Estado do que o ex-presidente Lula. A refinaria Abreu e Lima, uma batalha travada entre Estados nordestinos, só ficou em Suape por uma decisão pessoal dele.

    E ninguém o acusou na época de estar em campanha. Tome como outro exemplo o paulista Fernando Haddad (Educação) e tenha a curiosidade de abrir o Portal da Transparência, para constatar como ele trata São Paulo a pão de ló.

    O jornal O Estadão abriu manchete ontem para acusar FBC de privilegiar Pernambuco, mas não deu o mesmo tom crítico nem de cobrança aos ministros paulistas.

    Como paulista adorar discriminar nordestinos, seria também oportuno o mesmo jornal dar uma olhadinha na distribuição das verbas do ministro paulistano Aloísio Mercadante (Ciência e Tecnologia). Constatará, mas não divulgará que sua caneta só enxerga o maior Estado brasileiro. Chega de hipocrisia!

    Retirado do blog do Magno Martins.

  5. MARCOS MORAIS disse:

    Acho que tem uma parte da imprensa do sudeste do país, principalmente de São Paulo que vem tentando a muito tempo supervalorizar fatos visando desestabilizar o ministro Fernando Bezerra Coelho, agora até o fato de terem sido destinadas a maior parte das verbas do programa de Prevenção e Preparação a Desastres para o estado de Pernambuco no ano de 2011 vira uma celeuma, ora, em primeiro lugar quem destinou grande parte destes recursos para Pernambuco foi a prórpia presidenta Dilma, destinando-os à construção de duas barragens das cinco prometidas para evitar enchentesl no estado, e em segundo lugar, este valor representa apenas 10% do total acordado entre o estado e o governo federal que é de R$ 2,5 bilhões, 50% dos quais serão alocados pelo Governo de Pernambuco.
    Acho que toda esta mídia colocada em cima deste fato é para desestabilizar o ministro e cabe ao nosso governador, nossos deputados e aos pernambucanos em geral, defederem não apenas o ministro Fernando Bezerra, mas o nosso estado que apresentou projetos e fez por merecer a liberação desses recursos.

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