Os moradores do acampamento Vila Dilma voltaram a protestar no início da tarde de hoje (30) em frente à Prefeitura de Petrolina. Com faixas e cartazes os manifestantes foram reivindicar melhores  condições de moradia.

Esta é a segunda vez neste mês que os comunitários cobram do prefeito Júlio Lóssio uma saída para o problema. Há 20 dias uma comissão foi recebida por representantes do governo municipal, que prometeram assistência social até que se resolvesse o impasse fundiário. Mas, segundo os comunitários, nada foi feito.

A Vila Dilma foi formada pelos remanescentes da antiga ocupação  Belo Jardim, nas proximidades do bairro São Gonçalo (zona oeste da cidade), que por determinação da justiça teve todas as casas e barracos demolidos.

Quem ficou no local luta pela desapropriação das terras. Em entrevista ao programa Canal Aberto, apresentado por Cláudio Farias (A Voz do São Francisco/Emissora Rural), o prefeito Júlio Lóssio explicou que não há uma solução a curto ou médio prazo para a questão, devido a uma decisão judicial.

Ele explicou, no entanto, que uma área foi disponibilizada às famílias da Vila Dilma  próximo a uma outra onde serão construídas as residências dos soldados militares. O local, segundo o prefeito, seria até melhor para viabilizar mais rapidamente itens de infraesturura, como abastecimento d’água. Ele disse que a recusa das famílias deve-se a fatores políticos. “Infelizmente algumas lideranças do movimento querem politizar essa questão“, criticou.

Os moradores do loteamento, por sua vez, alegam que o local oferecido pela prefeitura não atende às reivindicações por ser uma área “rodeada  de mato”.