O ex-aluno do Colégio Dom Bosco, Francisco José de Paiva Netto, o ‘Chico Tim’, enviou este artigo ao Blog sobre a homenagem que seu tio, Padre Manoel de Paiva Netto, recebeu na última segunda-feira (10) na Academia Pernambucana de Letras (APL), no Recife.
A homenagem partiu do Sindicato dos Estabeleicmentos de Ensino de Pernambuco (Sinepe), presidida pelo renomado professor José Ricardo, que coloca Padre Manoel de Paiva Neto entre os 20 grandes educadores do estado.
O religioso foi, por mais de 20 anos, diretor do Colégio Dom Bosco, ajudando a moldar a educação de vários petrolinenses. Sua história, agora, fará parte de um livro:
Justa homenagem ao grande educador –
17.11.1935 – Em ato, o Ministro da Educação decreta inspeção preliminar para a instalação do Ginásio Dom Bosco. O ginásio é dirigido por Sebastião Ferraz, sendo o seu vice-diretor o Pe. Manoel de Paiva Netto. Mons. Ângelo Sampaio é nomeado inspetor federal junto ao ginásio desde a sua oficialização.
1º.03.1936 – Pe. Manoel de Paiva Netto assume a Diretoria do Ginásio Dom Bosco, no qual já exercia o cargo de vice-diretor desde 07.03.1935. Os ensinamentos do mestre e a doutrina do padre norteariam a vida do ginásio por mais de trinta anos.
Quando olhamos para trás e vemos a vida exemplar daquele homem simples, totalmente voltado para fazer o bem, totalmente dedicado na promoção de vida digna através do saber a todos que com ele conviviam, nos sentimos gratificados em perceber que houve uma troca de conhecimento e de inteligências entre ele, seus alunos, e todos aqueles que fizeram o Colégio Dom Bosco naquele tempo já distante.
Temos certeza que vivo fosse, o Pe. MANOEL DE PAIVA NETTO, ia receber essa homenagem do SINEPE/PE e aí, leia-se, o Prof. José Ricardo, seu Presidente, com a sua singular modéstia, sem dúvida alguma dedicaria tão nobre comenda, do mais simples ao mais expressivo funcionário do Colégio Dom Bosco, seu horizonte e causa maior de sua vida, numa busca incansável pela valorização do ser humano.
Francisco José de Paiva Netto(Chico Tim)/Ex-aluno do Colégio Dom Bosco
Misturam-se na minha memória o Pe. Manoel diretor e o Pe. Manoel professor. Tanto dirigia como ensinava. Na falta de qualquer professor, de qualquer matéria, ele estava sempre pronto para não deixar aula vaga. Ainda lhe sobrava tempo para a leitura bíblica, ou Breviário, como chamávamos na época, e ainda celebrava a sua missa diária. Suas repreensões ao mau comportamento de aluno; suas recomendações para estudarmos sempre mais e não perdermos tempo nos “bancos dos jardins” e suas argüições inesperadas para notas, quando o aluno não se comportava bem, tudo isto funcionava para que estivéssemos sempre prontos com a lição na ponta da língua.
Qualquer mau comportamento de aluno na sala, no recreio ou na rua o Pe. o chamava na próxima oportunidade para argüição. Caso não soubesse a lição o Pe o convidava para que o próprio aluno colocasse seu zero na caderneta e assim evitasse comentário de que o Pe. deu zero. Cada um que assuma seu zero. “Menininho não estudou menininho zerou”.
Estamos falando de épocas muito diferentes da de hoje.
O jeito do Pe. Manoel era o jeito do Ginásio D. Bosco que, sob seu comando, virou Colégio D. Bosco. A seu modo ele mantinha o aluno disciplinado e atento ao estudo. Num raio muito grande onde se incluía municípios da BA, PE, PI e CE o Colégio D. Bosco atraia estudantes pela fama de boa qualidade.
Este Colégio foi muito abençoado porque sempre teve pessoas muito competentes e dedicadas a um trabalho sério. Daí o seu sucesso até hoje.
Este título é muito bem aplicado. O saudoso Pe. Manoel de Paiva Neto fez muito e merece muito mais.
Com a “pedagogia” atual, estaria respondendo uns 100000 processos na GRE !!! Na Coreia é assim, na China, Japão, Israel, Dinamarca, Finlândia nem se fala: mais radical ainda; e são os países com melhores indicadores educacionais do mundo…Já no Brasil, cheio de “mudernidades”…