Liderança petista de peso no sertão de Pernambuco, a deputada estadual Isabel Cristina enalteceu a atitude do seu colega de Assembleia Legislativa, Odacy Amorim, em deixar o PSB para se filiar ao PT. Em entrevista a Regiane Santos (Ponte FM) na tarde desta terça-feira, Isabel não apenas confirmou que Odacy já é do PT, como disse ter achado “estranha” a notícia de que o senador Humberto Costa, um dos comandantes da executiva estadual – e com quem o deputado reuniu-se para tratar do assunto – tenha lhe fechado as portas.
“Nós já aprovamos (a vinda de Odacy) tanto em nível municipal, como ontem (03) à noite a executiva estadual aprovou por unanimidade”, informou Isabel, acrescentando ter havido apenas uma abstenção porque um dos integrantes do partido chegou atrasado.
Apesar de considerar Odacy “um grande quadro no momento” e reconhecer o desejo do agora ex-socialista em disputar a Prefeitura de Petrolina, a deputada deixou claro que a candidatura de Odacy não passará à margem da Frente Popular que elegeu o governador Eduardo Campos (PSB). “Temos uma aliança (PT e PSB) de muito tempo, sustentada e consolidada. Agora, se o nosso candidato reunir condições, se estiver bem nas pesquisas, ele será apresentado (à Frente Popular), por que não?”, frisou.
Sobre as declarações do ministro Fernando Bezerra Coelho, um dos nomes de peso do PSB, que disse não concordar com a saída de Odacy do partido e de insinuar que os socialistas poderão lançar candidato próprio para a prefeitura do Recife (hoje comandada pelo petista João da Costa), caso o PT lance em Petrolina, a deputada contemporizou.
Segundo ela, o ministro é muito elegante para ter uma postura desse tamanho. Lembrou que se foi pelo fato de Fernando ter apoiado Odacy em várias ocasiões, este, por sua vez, sempre esteve ao lado do grupo liderado pelo socialista. A deputada argumentou, também, que no Recife a Frente Popular tem representante na prefeitura, ao contrário de Petrolina, que é governada por um adversário de Eduardo (Júlio Lóssio), e demonstrou certa convicção de que a Frente Popular não sofrerá um ‘racha’ político.


