
O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), ficou com um “abacaxi” nas mãos para descascar, e não terá muita opção para se livrar do problema: ou aceita pagar o reajuste dos professores da rede municipal com retroativo referente a janeiro deste ano – quando entrou em vigor o Piso Nacional do Magistério – ou veta as emendas feitas ao projeto, aprovado ontem (08) na Casa Plínio Amorim , correndo o risco de um desgaste político em ano pré-eleitoral.
Em mais uma sessão polêmica, o projeto enviado por Lóssio ao Legislativo não falava em retroativo. Pedia R$ 12 milhões de crédito suplementar apenas para reajustar os educadores, mas não mencionava diretamente a Lei do Piso Nacional. As coisas começaram a esquentar na Casa após uma emenda modificativa da vereadora e presidente da Mesa Diretora, Maria Elena (PSB), ao artigo 1º do projeto – obrigando o prefeito a adequar o reajuste ao Piso Nacional, ou seja, com o retroativo a janeiro.
Sua colega, Márcia Cavalcante (PMN), também apresentou outra emenda, “amarrando” os R$ 12 milhões solicitados pelo prefeito para investimentos exclusivos na área da educação. Dessa forma Márcia apontou de onde o prefeito poderia tirar os recursos para pagar o retroativo dos professores, já que alegou estar impossibilitado de fazer isso para não comprometer a folha de pagamento, conforme preconiza a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Mas o líder do prefeito, vereador Dr.Pérsio Antunes (PMDB), não concordou. Primeiro porque alegou que até aquele momento, como relator da Comissão de Educação da Casa, não havia recebido o projeto para assinar seu parecer. Dr. Pérsio justificou também que as emendas apresentadas são inconstitucionais, porque tratam de matéria financeira e os vereadores não podem legislar sobre o assunto.
O líder de governo chegou a bater boca com a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Petrolina, Léia Araújo, que não gostou de ter ouvido do vereador que a entidade sabe que o prefeito vai vetar as emendas, e mesmo assim pressionou a Casa pela votação do projeto. Mas ressaltou ser favorável ao reajuste da categoria, votando pelo projeto – mas se abstendo de votar as emendas. Também acompanharam Dr.Pérsio os vereadores Alvorlande Cruz (PTC) e Raimunda Sol Posto (DEM) pelos mesmos motivos.
No final da sessão, Dr.Pérsio justificou que o projeto, da forma como foi aprovado, é semelhante ao projeto de lei da vereadora e líder de oposição, Anatélia Porto (PSL), que previa a distribuição de protetores e filtros solares aos agentes de saúde da prefeitura – vetado por Lóssio por ser inconstitucional. “O projeto, da forma como está, vai causar impacto financeiro para o município. Acho que é mais um tiro no pé que vão dar porque querem fazer política com os servidores, e eu faço gestão, não faço política”, disparou. Mas o vereador de oposição, Osinaldo Souza, garantiu que as emendas não são inconstitucionais – A primeira, de Maria Elena, por se tratar de lei federal, e a segunda, de Márcia, por apenas indicar ao prefeito de onde tiraria os recursos sem onerar o município.



agora eu nao vejo os professores se mobilizarem para exigir qualidade na educação, mas fazer greve pra ganhar mais é rapidinho!
João, acredito que você ou um filho seu nunca estudou em escola pública.Prá você que não sabe o município de Petrolina está muito além de outros municípios, nos estamos buscando o retorno dessa parceria e que o prefeito não está cumprindo o lado dele .Veja os dados da educação do município, e é por conta desses resultados que Petrolina recebe uma verba extra do FUNDEB.Reflita meu amigo e mude seu comentário.
O doutorzinho não entende nada de gestão.O retroativo já está na lei basta adequar aos 12.000.000 que eles querem.Novamente querem fazer política com dinheiro da educação, e isso é inconstitucional.
essa câmara virou uma bagunça, é relator que fica impedido de apresentar relatório, é emenda apresentada em cima da hora, vereadores batendo boca e xingando um ao outro, fora as leis inconstitucional.
Antes de pensar em qualidade, os professores têm que garantir o pão de amanhã. Com menos de 1000 reais por mês, qualidade no trabalho não é a principal preocupação de quase ninguém.
Esse prefeito so pensa nele e nos seus, e o professores que se danem..coitados..Os mesmos merecem mais respeito e esse prefeito quer terminar de matar os coitados dos professores..2012 vem ai prefeito julio