Cerca de 3 mil operários responsáveis pelas obras da Transnordestina resolveram aderir à paralisação do setor da indústria da construção pesada, que teve início na última terça -feira (02) no Complexo de Suape.
A categoria reivindica melhores salários e aumento do benefício da cesta básica. Aqui no sertão, os operários lutam também pela bonificação dos dias parados na greve de março deste ano e ampliação das folgas de campo, inclusive com pagamento de passagens aéreas para quem mora em outros estados.
A decisão foi paralisar a fábrica de dormentes (vigas de concreto que sustentam os trilhos na ferrovia)- localizada em Salgueiro (PE) e sob coordenação da Odebrecht, onde há atualmente cerca de 2 mil operários – e alguns trechos como São José do Belmonte (PE) e Verdejantes (PE), além do canteiro administrativo.
O auxiliar administrativo e coordenador da subsede do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada (Sintepav) em Salgueiro anunciou também que as atividades de mobilização serão estendidas para Parnamirim e Araripina, onde mais três mil trabalhadores devem cruzar os braços.
O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada e Infraestrutura (Sinicon) informou que irá aguardar pela audiência marcada para sexta (5), às 11h, no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, já que considera a greve ilegal sob os argumentos de que as partes ainda estavam em processo de negociação e a paralisação não foi anunciada pelo menos com 48 horas de antecedência – como prevê a lei.


