O juiz Josafá Moreira decidiu voltar atrás na ação de despejo contra o porteiro Nelson Ned, morador do bairro São Jorge.
O mandado de reintegração de posse foi movido pela Construtora e Incorporadora Ciborgel Ltda, obrigando Nelson e sua família a deixar hoje (28) sua residência.
Um grande mobilização liderada pelo comunitário Antonio Aurélio, o ‘Gordo’, reuniu centenas de moradores em frente à casa de Nelson, na Rua 03 do bairro. O caso também ganhou ampla repercussão na imprensa.
As negociações devem voltar entre as partes a partir de segunda-feira (02). Segundo ‘Gordo’, o governo do Estado deverá entrar também no processo de negociação, enviando um procurador para se reunir com os juízes da 2ª e 3ª Varas Cíveis do município, Josafá e Carla Adriana, respectivamente, que acompanham o caso. (com informações/Grande Rio FM)




Há anos temos assistido a uma intensificação dos ataques aos moradores de favelas, periferias e subúrbios nas grandes cidades brasileiras. A forma desses ataques tem sido a realização de despejos e remoções de milhares de famílias, associada a novos empreendimentos imobiliários e a obras públicas.
O que está por trás deste processo é o fortalecimento, como “nunca antes visto neste país”, do capital imobiliário: as grandes empresas de construção civil, as incorporadoras e os proprietários/especuladores de terra urbana estão em festa.
A aliança perversa entre Estado e capital imobiliário reproduz uma lógica excludente e repressiva de desenvolvimento urbano. Sob a bandeira do “crescimento econômico” passam por cima do que estiver pela frente, em geral comunidades inteiras, historicamente estabelecidas.
É a lógica do predomínio completo dos interesses privados, da necessidade de aumentar os lucros e de valorizar cada vez mais o solo urbano. O valor do metro quadrado nas metrópoles brasileiras tem crescido numa escala astronômica. Ganham os especuladores, ganham as construtoras, ganham os caixas de campanha. Perdem os trabalhadores. O preço deste “crescimento” são os despejos, o aumento do número de trabalhadores sem-teto e a piora das condições de moradia para os mais pobres.
Fonte: MTST
Concordo com o Pedro Paulo Lavor. Tudo verdade nua e crua. Todavia no caso em questão vemos um lado que não se deve negar, como direito democrático, o direito de propriedade que também se deve preservar. Houve uma busca, em tempo, do direito. A justiça é que deveria exigir de quem deve preservar a integridade física do imóvel em litígio, até que se tenha um julgamento do bom direito. Resultado, depois de muitos anos vem a decisão e ninguém assumiu a responsabilidade da preservação do imóvel. Cria-se um problema em nome do social pela força não contida de pessoas carentes.
Também não é correto!
Parece que, com a omissão, existe o interesse de oferecer dificuldades para se vender facilidades.
Por que deixaram chegar a tal ponto? E quem vendeu esses terrenos, por onde anda? Por que não punir o verdadeiro responsável? Essa pessoa existe e ninguém faz NADA. Não é a primeira nem será a última vez que veremos esses dois juízes defensores de “falsos” nobres dar parecer favorável a eles. Por que não aparece um terceiro juiz a defender os OPRIMIDOS e mandar prender o verdadeiro responsável por essa falcatrua toda. Ou será que essa pessoa fez a propósito para que valorizassem a área para beneficiar o “suposto” dono da área que de bobo não tem nada. O ministério público deveria tomar uma medida enérgica para resolver essa celeuma e deixar essas pessoas dormirem em paz.
O sistema de registro imobiliário brasileiro, sendo um sistema eclético, muito próximo do sistema alemão, confere com o ato do registro a aquisição da propriedade, ou seja, é com o registro que se adquire o direito real. Daí a expressão popular: Quem não registra não é dono!
ONDE IRIAM MANDAR ESSAS PESSOAS,SEM CABIMENTO ISSO!
O cidadão compra um terreno e faz sua casinha com muito suor e sacrifício e 10, 15 anos depois chega um engraçadinho oportunista e diz ser dono. Me poupe, não querendo ferir aos honestos, mas essa cidade está cheia de corretor pilantra que já até foram processados por vender o mesmo terreno a varias pessoas, e continuam ai livres passando a perna em pessoa honesta.
Nós petrolinenses, pelo menos eu, somos contra a especulação imobiliária, porém tb sou contra as invasões, pois quero ver minha cidade crescer de forma ordenada. Até mesmo pq o senhor Pedro Paulo de Lavor sabe que muitas invasores possuem terrenos. Invadem e vende, e fazem dessa atividade – invadir – um negócio econômico. É preciso rigor contra a especulação, agora fazer o que Diniz Cavalcanti fez em Petrolina, tb não quero.
O Dr. Josafar não voltou a trás. Êle promove a legalidade, mas procura dar oportunidade para que o legal também seja justo.
Ele deve estar dando um tempo mais na esperança que alguma autoridade legislativa e executiva contorne o impasse.
Trata-se de um juiz bem centrado, afinal êle é filho de Rajada. daquele lugar só sai gente boa.