486 mil crianças são vítimas de trabalho infantil na Bahia

por Carlos Britto // 19 de setembro de 2010 às 12:41

infaO número de crianças e adolescentes vítimas de trabalho infantil na Bahia aumentou em 15 mil entre 2007 e 2008, de acordo com dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-2009), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na última quarta-feira. Segundo o estudo, subiu de 471 mil para 486 mil a quantidade de meninos e meninas entre 5 e 17 anos executando tarefas nas sinaleiras, lixões, casas de famílias, obras e lavouras no Estado.

O número vem sendo analisado por técnicos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e estes concluíram que antes o Estado detinha 9,8% do total de crianças trabalhando no Brasil, mas este percentual cresceu para 11,4%, em 2008. Durante a última semana, repórteres em Feira de Santana, Eunápolis, Vitória da Conquista, Barreiras e da capital percorreram sinaleiras, ruas, lixões, lavouras e feiras e não sentiram dificuldade para encontrar crianças e adolescentes em situação de risco social.

superintendente de Assistência Social da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza do Estado da Bahia (Sedes), Nádia Márcia Campos, contra-argumentou. “O problema só existe porque o governo trouxe à tona. Vem crescendo porque somente agora o visualizamos. Ele sempre existiu, mas antes não era buscado”, defendeu.

De acordo com a superintendente, em 2009, 18 municípios do semiárido baiano, que concentram os maiores índices de trabalho infantil, receberam a visita da Caravana Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, coordenada pela Sedes, com o apoio de instâncias como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Internacional do Trabalho (OIT).

As inforamações/ Crédito da foto: A Tarde

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