3º Simpósio de Mudanças Climáticas e Desertificação no Semiárido: Meta é apresentar resultados práticos

por Carlos Britto // 25 de outubro de 2011 às 18:39

O semiárido sertanejo é uma das regiões, a exemplo de outras semelhantes no mundo, que mais são afetadas pelas mudanças climáticas do planeta. O problema, ao lado da desertificação, vem ganhando proporções preocupantes. Mas nada que ainda não possa ser revertido. Pelo menos é esse um dos pontos em destaque no 3º Simpósio de Mudanças Climáticas e Desertificação no Semiárido Brasileiro, evento que foi aberto hoje (25) e prossegue até quinta-feira (27) no Complexo Multieventos da Univasf, em Juazeiro.

De acordo com o pesquisador Iedo Bezerra Sá (à esq.), da Embrapa Semiárido (uma das realizadoras do evento), os dois simpósios anteriores – em Petrolina e Campina Grande (PB), nesta ordem – serviram para aprofundar discussões sobre a temática. Mas agora, o momento é e ir para a prática.

Ele explica que, além das palestras, serão apresentados os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento das ações para combater o problema. “Queremos ver o que está sendo feito aqui”, frisou. Outro pesquisador, Marcos Antônio Drummond, reforça as palavras de Iedo.

Segundo ele, o 3° Simpósio é a oportunidade que os pesquisadores convidados terão para relatar suas experiências e apresentar resultados. É o caso do representante da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Milcíades Gadelha de Lima, que desenvolveu uma pesquisa para combater a perda de solo, considerada muito elevada naquele estado por conta da desertificação, através do cultivo do pião manso. A oleaginosa, além de ser uma das principais matérias-primas para o biocombustível, ajudar a recuperar o terreno degradado.

Na região, Drummond citou como sério problema a salinização dos terrenos, dando como exemplo as algarobas – espécie que suporta altos teores de sais. O pesquisador explicou ser necessário conter o avanço das algarobas, consideradas plantas “invasoras”. Mas esse trabalho passa, acima de tudo, por medidas preventivas. “O custo para dessalinizar áreas é muito alto”, revelou.

Nas duas edições passadas, o simpósio foi restrito apenas a pesquisadores. Mas neste ano, por solicitação de estudantes e docentes de instituições de ensino técnico e superior, o evento foi estendido também a esse público.

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Últimos Comentários

  1. Obrigada Carlos por lembrar ao povo dessa cidade, que o que ela é hoje deve a pessoas ilustres como esses…