Integrando a equipe de transição entre os governos Bolsonaro (PL) e Lula (PT), o deputado federal por Pernambuco, Wolney Queiroz (PDT) não descartou a possibilidade do seu partido assumir algum ministério no novo governo a partir de 2023. Apesar de dizer que as chances são reais, Wolney preferiu ponderar sobre o assunto e não criar grandes expectativas.

“Nós tivemos uma importante participação no Governo nos dois últimos mandatos de Dilma Rousseff e apoiamos o PT neste segundo turno, então é natural que o partido tenha algum espaço no Governo Federal. O PDT tem uma bancada razoável e tem uma história de participação”, destacou em entrevista ao Blog.

Mesmo assumindo as possibilidades desta participação no governo eleito, o deputado poupou as expectativas sobre o tamanho do espaço e disse que não há nada definido. “Não tem nada oficializado ainda, mas a tendência é que os partidos que apoiaram o PT no segundo turno tenham este espaço. Mas não sabemos o tamanho dele e temos que esperar o chamado para conversar sobre isso”, pontuou.

Wolney foi indicado pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, para integrar a equipe de transição após a presidente nacional do PT, Gleisi Hofmann pedir aos partidos aliados, nomes para integrar o grupo, que foi dividido por temas.

Questionado sobre em qual área atuaria no novo governo, o deputado disse que “é muito delicado este assunto” porque depende do espaço cedido ao partido e também se teria alguma identificação com a área. “Eu sou um soldado do partido. Não estou me oferecendo, nem me colocando para nenhum cargo. Sou muito grato por fazer parte da transição. Mas isso não quer dizer que a pessoa assumirá alguma posição”.

Pernambuco

Por ter apoiado a candidata do Solidariedade, Marília Arraes, no segundo turno das eleições para o Governo de Pernambuco neste ano, Wolney declarou que fará uma oposição propositiva no mandato da governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB).

“A população nos colocou em oposição. É natural que estejamos neste caminho. Apoiamos Danilo Cabral (PSB) no primeiro turno e Marília no segundo. É saudável que qualquer governo tenha oposição, e faremos de forma propositiva e responsável, tanto o PDT como os outros partidos que estiveram com Marília no segundo turno”, concluiu.