Usina Solar Fotovoltaica instalada no Lago de Sobradinho reforça necessidade de pesquisa sobre energia limpa

por Carlos Britto // 22 de março de 2019 às 20:30

(Foto: Divulgação)

Começando o ano com uma realidade bem diferente da de 2018, o reservatório de Sobradinho, no Norte da Bahia, deixa a região em uma situação mais confortável. Hoje, o nível é de 40% de sua capacidade total de armazenamento, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Essa mudança no cenário não é a única novidade que é possível notar em um dos maiores lagos artificiais do mundo: é na sua superfície que está instalada a Planta Solar Fotovoltaica criada a partir do Projeto de Pesquisa & Desenvolvimento para implantação do Centro de Referência em Energia Solar de Petrolina (Cresp).

A usina flutuante consiste na implantação de diversos sistemas e componentes que além de subsidiar pesquisas do potencial energético da região visa também agregar energia às atuais fontes de geração. O projeto, no âmbito do P&D+I (Pesquisa e Desenvolvimento mais Inovação), objetiva resultados mediante estudos técnicos, simulações e análises operacionais. Segundo o diretor de Operação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), João Henrique de Araújo Franklin Neto, no projeto para o Lago de Sobradinho estão previstas uma planta de 1MWp (Megawatt-pico) e, na sequência, uma planta de 4MWp, com investimento total da ordem de R$ 56 milhões. O recurso é oriundo da carteira Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de P&D+I da Chesf, empresa responsável pela instalação, fiscalização e operação.

Na fase de medições, etapas de 1MWp e 4MWp, estão contemplados os campos de avaliação respectivos ao Meio Ambiente; Irradiação Solar; Produção de Energia; Estudos Comparativos; Operação e Manutenção; Perdas Elétricas; entre outros. Na primeira etapa do projeto a capacidade de geração anual da usina flutuante 1MWp é da ordem de 1.752.000kWh (Quilowatt-hora), equivalente ao consumo anual de 1.460 residências, com consumo anual de energia de 1.200kWh. Já a usina flutuante de 4MWp tem a capacidade de geração de 7.008.000kWh (equivalente ao consumo de 5.840 residências, também com consumo anual de energia de 1.200kWh). Ao final do projeto a capacidade de geração anual pretendida é da ordem de 8.760.000kWh.

Sistema

O sistema tem as placas (painéis fotovoltaicos) instaladas sobre flutuadores semi-submersos e é composto por ancoragem, por meio de portas de concreto, cabos e boias, flutuadores primários (para fixação dos painéis fotovoltaicos), flutuadores secundários (para circulação), caixas de conexão, cabos de força e controle, eletrocentro, rede de média tensão e interligação. Ainda de acordo com o diretor de Operações, a escolha da região do Lago de Sobradinho para sediar o projeto considerou as condições climáticas. “A escolha se deu após análises das condições de instalação da usina flutuante, dados meteorológicos, conexão, escoamento da energia gerada e proximidade com outros projetos e centro de pesquisa”, explicou.

Os resultados do projeto serão divulgados e têm a função de, entre outros aspectos, contribuir com estudos científicos e projetos em desenvolvimento para geração de energia por fonte solar. O estudo também irá avaliar os impactos ambientais desses equipamentos.

Assim como a bacia do São Francisco, estamos em uma região privilegiada por sua capacidade de geração de riquezas, seja pela sua produção, seja pelos nossos recursos. Recursos esses que devem ser protegidos, e esse é o papel do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), que vem acompanhando sempre de perto novas iniciativas que podem contribuir com a sua preservação, como o estudo que vem sendo desenvolvido através da geração de energia solar”, afirmou o coordenador da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco, Julianeli Lima. Com informações do CBHSF.

Usina Solar Fotovoltaica instalada no Lago de Sobradinho reforça necessidade de pesquisa sobre energia limpa

  1. Flavio Berthoud disse:

    Muito interessante!!
    Agora, um FC de apenas 20%, dificilmente trará um retorno econômico ao Peojeto antes do 12º ano, e assim mesmo para uma TIR perto de 7%. Isso se o tempo previsto para a VALUATION for de 25 anos.

    Seria interessante vocês conhecerem uma Tecnologia, desenvolvida na UFES/Vitória/ES, que combinando geração Eólica com Solar, transforma esses números, piara o mesmo valor a ser investido em;
    • TIR = 17,00%
    • Payback = 7 anos
    • FC = 52%

    Essa nova Tecnologia, por decisão dos detentores da Patente, está sendo vendida para os Estados Unidis, principalmente devido à dificuldade do Governo Federal ser rápido em mostrar interesse.

  2. Alexandre Kotolak disse:

    Prezados: já temos tecnologia muito mais eficiente , de instalação muito mais simples,, com durabilidade do equipamento e taxas de retorno em torno de 3 anos .
    Consultem nosso site ou acessem Hanergy Brasil pelo YouTube.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários