Tio dos garotos Gustavo Vitor Souza dos Santos, de 13 anos, e Manuel Carlos Souza dos Santos, de 10 – brutalmente assassinados em Petrolina -, o comunitário Wanderson Luiz dos Santos participou ontem (4) da sessão plenária da Casa Plínio Amorim. A convite da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, ele usou a tribuna para cobrar veementemente não apenas punição para os assassinos, mas a implantação de políticas públicas que possam proteger crianças e adolescentes do município contra a violência pela qual estão frequentemente sendo vítimas.
Wanderson citou como exemplo o estudante Alisson Dantas, 19, assassinado a golpes de facão no Bairro Quati, duas crianças na localidade de Ponta da Serra e a menina Beatriz Angélica Mota, 7, cruelmente morta dentro do colégio onde estudava.
“O que está acontecendo dentro de Petrolina? será que Petrolina vai sair da capital da irrigação da uva e da manga para se destacar como a cidade que mata crianças?”, desabafou o comunitário, lembrando que de um ano para cá esses crimes vêm se repetindo.
Wanderson lembrou que seus sobrinhos foram mortos com requintes de crueldade. Os dois irmãos foram torturados, agredidos a pauladas e tiveram as unhas arrancadas. Ele disse ainda que, independentemente de o Conselho Tutelar do município já ter assistido um dos seus sobrinhos, no momento não vem ao caso se ambos havia cometido algum delito.
“Cadê os poderes? cadê a secretária Bruna Ruana, que ainda não lançou uma nota? cadê o Conselho da Juventude que o governador Paulo Câmara fechou, junto com o ex-prefeito Julio Lossio, e até hoje não foi reaberto? cadê o Conselho Municipal da Juventude, que está no Parque Josepha Coelho, mas está fechado há dois anos e três meses? cadê as políticas públicas? é muito fácil dizer quer os meninos estavam roubando, mas o que os governantes estão fazendo? será que estão dando garantia a essas crianças? será que no Cacheado, onde essas crianças moravam, tem saneamento, infraestrutura, uma praça, um ponto de lazer para essas crianças?”, pontuou.
Família abalada
Ele afirmou ainda que a família dos meninos está “completamente abalada”, sobretudo a mãe, que não vem recebendo nenhum acompanhamento psicológico. “Ela não está ficando nem dentro de casa e teve de ser retirada para outro local”, afirmou. Com informações da Rádio Jornal Petrolina.
Ouça o áudio da entrevista:
Infelizmente são episódios de barbárie e puro instinto animal atacar e matar brutalmente uma criança e um adolescente. Embora tivessem ou não cometido algum delito, não justifica ou autoriza ninguém a tirar a vida de outro, sobretudo com requintes de tortura como nesse caso.
Já estou vendo um possivel candidato a vereador ano que vem em Petrolina.
Esse pensador só pensa e diz merd…
Ele esqueceu uma pergunta: cadê a família que não se responsabilizou por essas crianças? Tem que lembrar que a família é a principal responsável por cuidar.