Sob críticas, reajuste de 16% para secretariado de Miguel é aprovado na Casa Plínio Amorim

por Carlos Britto // 24 de dezembro de 2021 às 06:20

Foto: Ascom CMP/divulgação

Os secretários do primeiro escalão da Prefeitura de Petrolina passarão a receber um salário mensal de quase R$ 14 mil, ante os R$ 12 mil atuais. O Projeto de Lei (PL) 228/21, de autoria da Comissão de Justiça, Redação e Legislação Participativa da Câmara Municipal de Petrolina, propondo o reajuste, foi aprovado sob protestos da bancada oposicionista durante a sessão plenária de ontem (23), em especial do vereador Professor Gilmar Santos.

Em seu discurso ele lamentou a iniciativa da comissão, que é composta por três aliados próximos do prefeito Miguel Coelho (DEM): os vereadores Wenderson Batista (DEM), presidente; Ruy Wanderley (PSC); e Zenildo do Alto do Cocar (MDB), secretário. Em seguida, questionou se havia a necessidade dos 16,43% de reajuste nos vencimentos, os quais se basearam no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos quatro anos, quando a maioria da população ainda passa por dificuldades.

“A gente fica perguntando: qual é o salário mínimo do trabalhador? Qual o reajuste que esse trabalhador receber? Qual é o salário do servidor municipal? Qual o reajuste que esse servidor tem recebido?(…)Em meio à pandemia, em que a fome se alastra, o desespero do povo está aí, esta Casa teima mais uma vez em aumentar privilégios”, desabafou.

Gilmar chegou a citar que os vencimentos do prefeito e do vice também estariam incluídos no PL 228/21, mas foi contestado de forma veemente pelo presidente da Mesa Diretora da Casa Plínio Amorim, vereador Aero Cruz (MDB), o qual deixou claro que a proposta se refere apenas ao secretariado. Sem citar o nome do oposicionista, Aero condenou o que chamou de “politicagem pequena”. Na votação, o projeto passou por 10 votos a favor e 4 contra, na primeira e segunda votações. Além de Gilmar, os outros três que não respaldaram o reajuste foram Elismar Gonçalves (Podemos), Marquinhos do N4 (Podemos) e Samara da Visão (PSD).

Licença-maternidade

Os vereadores ainda aprovaram na sessão de ontem o PL 045/21, também enviado pelo prefeito, que dispõe sobre o aumento no período de licença-maternidade das servidoras do quadro municipal, passando de 120 para 180 dias. Na primeira votação a matéria recebeu 14 votos e, na segunda, 13 votos.

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