Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina estima em R$ 570 milhões em prejuízos na fruticultura da região causados por greve dos caminhoneiros

por Carlos Britto // 29 de maio de 2018 às 06:20

Frutas se acumulam na câmara fria/foto: CLAS Comunicação

Maior exportador de frutas do país, o Vale do São Francisco já contabiliza um prejuízo de R$ 570 milhões ao final do oitavo dia de paralisação dos caminhoneiros. A conta foi apresentada na tarde desta segunda-feira (28), pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira.

Segundo o representante do mais importante segmento da economia regional, a paralisação vem atingindo fortemente o setor, que deixou de comercializar nesta semana para os mercados interno e externo 40 mil toneladas de uvas e 60 mil toneladas de mangas, além de mais 200 mil toneladas de outras frutas, a exemplo de acerola, banana, coco e mamão.

Com todo esse tempo de paralisação, nossas câmaras frias já estão com a ocupação esgotada, não oferecendo mais espaço para o armazenamento das frutas colhidas recentemente. O resultado são pomares e mais pomares com frutas apodrecendo no campo”, lamentou.

Jailson Lira advertiu ainda que 80% da safra a ser colhida essa semana poderão ficar comprometidos por falta de mercado. “Além de termos cancelado todos os novos pedidos do mercado interno, outro agravante é a falta de combustível para os tratores e pulverizadores, o que pode ocasionar a perda das safras de exportação de setembro e outubro”, pontuou.

Documento

Ao final da reunião, os produtores assinaram um documento pelo qual reconhecem a legitimidade do movimento dos caminhoneiros, “porque também sentem o alto custo do diesel na atividade agrícola”, e solicitam dos poderes competentes a agilização das negociações, liberação das estradas e acessos aos portos, além da agilização dos documentos de liberação das frutas – a exemplo da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV). (Fonte/foto: CLAS Comunicação)

Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina estima em R$ 570 milhões em prejuízos na fruticultura da região causados por greve dos caminhoneiros

  1. José Azevedo disse:

    Não concordo com o título, de jogar a culpa dos prejuízos na greve dos Caminhoneiros….a culpa foi do presidente e sua cúpula, … Se o governo tivesse reagido a tempo isso não teria acontecido. A culpa é de toda a sociedade também que não se une, aos que dizem que o problema é sempre dos outros… Quem não luta por seus direitos não é digno de tê-los. Agora todos perceberam a força dos Caminhoneiros? A culpa é de todo mundo, principalmente dos que esperam a cabeça de quem tem coragem e lutam verdadeiramente por todos.

  2. José Batista da Gana disse:

    Um outro problema agravante é com relação a Mosca das Frutas. Caso não sejam colhidos esses pomares e escoado essa produção em tempo, poderá haver um surto dessa
    Praga tendo consequências imprevisiveis para as safras vindouras.

  3. Costa disse:

    “além da agilização dos documentos de liberação das frutas – a exemplo da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).”

    Independente de greve ou não, ADAB como de costume, já anunciou que, devido feriado de 31/05(quinta-feira) o dia 01/06(sexta-feira) será imprensado, portanto, não tem PTV e só retorna na segunda-feira (04/06).

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