Retirada antecipada de cubanos do Mais Médicos é grave ameaça para municípios baianos, diz secretário estadual de Saúde

por Carlos Britto // 15 de novembro de 2018 às 13:14

Fábio Vilas-Boas, secretário de Saúde da Bahia. (Foto: Arquivo Divulgação)

Ao longo de cinco anos de existência, mais de 5,6 milhões de pessoas beneficiadas, cerca de 800 mil consultas realizadas por mês e uma cobertura de 72% da Atenção Básica. Esses são os números alcançados pela Bahia após a implantação do Programa Mais Médicos no país. Atualmente, o estado possui 1.522 médicos do programa, que estão alocados em 363 municípios. Desse total, 846 são cubanos.

Os números foram apresentados pelo secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, na quarta-feira (14), durante a reunião da Comissão Intergestores Biparte (CIB), realizada na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador.

De acordo com o secretário, o programa vinha sendo extremamente relevante, sobretudo para os moradores dos municípios distantes dos grandes centros, pela maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde. “Além de possibilitar o acesso ao atendimento, o Mais Médicos vinha oferecendo atendimento de qualidade, mais humanizado à população”, ressaltou Vilas-Boas.

O secretário ainda pontuou que o fim da cooperação com a Organização Pan Americana da Saúde (Opas) e o governo cubano terá grave impacto em todo o Brasil, sobretudo no Norte-Nordeste e na periferia das grandes cidades do Sudeste. “De uma só vez, sairão mais de 8,5 mil médicos cubanos dos locais onde estão trabalhando atualmente. Esses médicos estão em 2.885 municípios do país, sendo a maioria nas áreas mais vulneráveis, tais com Norte, semiárido nordestino, cidades com baixo IDH, saúde indígena e periferias de grandes centros urbanos“. Além disso, 1.575 municípios possuem somente médicos cubanos, sendo que 80% desses municípios são pequenos (menos de 20 mil habitantes).

A substituição de médicos cubanos por brasileiros vinha sendo feita progressivamente, porém a reposição antecipada e imediatas não será algo exequível, o que irá certamente causar desassistência. Em cinco anos de programa, nenhum edital de contratação de médicos brasileiros conseguiu contratar essa quantidade de profissionais. O maior edital contratou 3 mil brasileiros“, disse Vilas-Boas.

Mais Médicos

O programa faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso da população aos serviços da Atenção Básica. O Mais Médico consiste no provimento de médicos, ampliação de vagas na residência médica, além da qualificação e investimento na estrutura física das Unidades Básicas de Saúde. (Fonte: Secom-BA)

Retirada antecipada de cubanos do Mais Médicos é grave ameaça para municípios baianos, diz secretário estadual de Saúde

  1. Adriana Araújo disse:

    O interessante dessa história é que a “oposição” quer fazer parecer que o programa vai acabar, que os médicos cubanos irão embora mais cedo e tudo é culpa do presidente Bolsonaro. Mas nós sabemos que isso é mais um engodiy,mais uma enrolação ou se preferem uma fake news esquerdista. O programa Mais Médico vai continuar com médicos brasileiros e estrangeiros que estejam dentro das normas. E os cubanos que sairão do programa é por absoluta culpa do governo ditatorial, totalitaristas e comunistas que até agora era sustentado entre outros através do programa, abocanhando no mínimo 70% do dinheiro destinado aos profissionais que vêm de Cuba. Outra ponto interessante, é que qd um brasileiro cursa medicina fora do Brasil, tem que fazer o revalida pra ter o direito de clinicar aqui, por algum motivo obscuro, os médicos do Mais Médicos, não eram obrigados a fazer a prova. É como se os advogados brasileiros que querem exercerá profissão fossem obrigados a fazer a prova da OAB e os que viessem de fora por algum programa governamental, não fossem obrigados. É justo isso? É certo? Quem nos garante então, a idoneidade desses profissionais? O governo comunista/ditador de Cuba? Esse mesmo governo que não aceitou a proposta dos médicos receberem 209% do salário e poder trazer as famílias para o Brasil?
    Onde estava o DH que não percebeu esse absurdo de termos que sustentar ditaduras através de trabalho análogo a escravidão? Quem concebeu esse programa nesses termos deveria ser processado por crime contra a humanidade. Crime político.

  2. Edilberto disse:

    Esse sujeito é mais um petista comunista enrustido, tentando enganar o povo Baiano como tem feito o governo petista na Bahia. Não se deixem enganar povo baiano, esses ‘pseudos’ médicos, que ninguém sabe nem se são formados, foi mais uma canalhice por parte do marginal Lula e o PT. Serve apenas para beneficiar Cuba e seu ditador comunista, que fica com 70% do salário destes médicos que trabalham em regime de escravidão e longe das famílias. Eles são forçados pelo ditador comunista, é tanto que alguns pediram asilo ao Brasil. E o novo presidente Bolsonaro já disse, que dar asilo a eles e seus familiares quando assumir e, também todos direitos trabalhistas legais desde que comprove a capacitação. Se fosse pensando no povo baiano eles petistas, contratavam médicos de países desenvolvidos como EUA, França, Canadá e outros.

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