Mulher tem infarto e morre esperando atendimento médico

por Carlos Britto // 12 de junho de 2009 às 11:41

A dona-de-casa Maria das Dores Silva Andrade, 49 anos, faleceu na última quarta-feira (10), em Petrolina, de infarto do miocárdio. Teria sido ela mais outra vítima da fatalidade, se não fosse por uma série de fatores absurdos que culminaram com a sua morte.

Segundo a filha de Maria das Dores, Leidmárcia Pereira da Silva, o Hospital HGU, para onde a mãe dela foi levada, alegou que o plano de saúde da vítima (Unimed) não cobria os serviços de UTI, dos quais ela necessitava com urgência. A Unimed nega. Em seguida, Leidmárcia foi obrigada a levar a mãe para o Hospital de Urgências e Traumas no seu próprio carro, mesmo D. Maria sem ter condições para isso, quando ela deveria ter ido de ambulância e acompanhada de um médico.

Chegando ao Traumas, mais pesadelo. Ainda foram fazer uma ficha para colocar a mãe de Lidimárcia na UTI, mesmo a paciente piorando o quadro. A promotora Ana Rúbia foi acionada, exigiu que D. Maria fosse levada imediatamente para a UTI da unidade, mas já era tarde. D. Maria teve uma parada cardíaca não resistiu. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil e divulgado no Programa Edenevaldo Alves (Petrolina FM).

Esta é outra triste história de cidadãos que pagam, literalmente com a vida, para terem um atendimento decente e não conseguem. Quem depende dos hospitais conveniados ao SUS, então, sem comentários. Estamos realmente todos nas mãos de Deus. E que Ele nos proteja…

Mulher tem infarto e morre esperando atendimento médico

  1. Uenderson Quecio disse:

    É absurdo o modo como é tratado o ser humano em nossos hospitais, com total desrespeito e, inúmeras vezes, com negligência, o resultado fatalmente é a perda de vidas.
    A morte por abandono se tornou comum e a vida se tornou banal.
    O que me parece é que atingimos o topo da escala do descaso, sendo agora necessário a intervenção do Ministério Público para que um hospital atenda, emergencialmente, alguém que está entre a vida e a morte.

  2. Edvaldo disse:

    É o prefeito da saúde, que foi eleito com ajuda de Osvaldo, Guilherme, FBC (por baixo dos panos) e cia… Parabéns!

  3. Sou mais Fundação Saúde disse:

    Os responsáveis devem ser processados.

  4. Carlos Alberto de Castro disse:

    caro amigo

    se eu te dizer que a saúde Petrolina e de todo o brasil vai bem! tu pode até dizer que eu tô ficando é doido, concordo plenamente com você… mas vejamos essa mulher ela esteve primeiro no HGU e mesmo a sua mâe correndo risco de morte não foi atendida, em seguida ela buscou a saude publica. ora bolas porque ela não entrou com ação contra o hospital particular, onde ela perdeu muito mais tempo e talvez esse tempo teria salvo a vida da sua mãe.
    conclusão eis ai os oportunistas de plantão… que ainda usam as familias sofridas da nossa cidade para usar como trampolim politico…
    um grande abraço a todos os familiares que estão com certeza sofrendo neste momento.
    e um voto de repudio aos malas de plantão…

  5. Liana disse:

    Deus tenha misericordia de nós e nos livre de adoecer p depender desse sus ai…

  6. Renato disse:

    Tenho dito aqui:

    pode ser SUS, Unimed, HGU… essa raça , a classe médica, está se lixando para a saúde do povo.

  7. Dr House disse:

    A responsabilidade é do médico plantonista que a atendeu , deveria ter recomendado a remoção da paciente em ambulância com suporte avançado , acompanhada de médico, visto tratar-se de uma doença que poderia evoluir desfavoravelmente para o óbito. Esse fato é comum aqui em Petrolina, onde os pacientes que não possuem convênio procuram atendimento em hospitais particulares, mas na hora em que se cogita internamento em UTI ou seja solicitado um exame caro os mesmos não têm condições de arcar com as despesas e terminam retornando para o atendimento do SUS. Vale salientar que os hospitais particulares cobram em média 10000 reais em espécie como garantia pelo atendimento e internamento em UTI, isso é um absurdo! Fico me perguntando , pra que serve a área vermelha no Hospital de Traumas ? porque houve demora na sua admissão na emergência? Fizeram ao menos medicação adequada para a mesma? O SAMU aqui só serve mesmo de taxi, é comum se receber pacientes graves sem o devido acompanhamento médico, algumas vezes quando tem o médico, o paciente chega sem imobilização ou acesso venoso , coisas que não se permite quando se imagina que o paciente socorrido corre risco de vida. O SAMU tem que ser revisto, tem que selecionar os médicos que atuam nele, alguns colegas só querem mesmo é sombra e água fresca. Meus sentimentos aos familiares da Srª Maria das Dores.

  8. Dr House disse:

    Prezado Renato , não vamos generalizar e querer denegrir a imagem dos médicos . Na hora de se admitir um paciente em qualquer hospital particular existe uma burocracia maior do mundo, os médicos são apenas prestadores de serviço, fazem apenas o seu serviço, que é o atendimento.No momento em que se cogita um internamento em UTI, imediatamente é solicitado dos familiares uma quantia de mais ou menos 10000 reais como garantia, isso é sabido de todos que já precisaram . Outra coisa que acontece aqui em Petrolina é que o SAMU não está autorizado a remover pacientes de hospital particular para o público, ficando a critério da família pagar por serviço particular, onde na maioria das vezes , terminam removendo o doente em carro próprio, contrariando decisão dos médicos. Infelizmente tenho que concordar com algumas pessoas quando falam que a saúde aqui em Petrolina vai de mau a pior. Onde está o ministério público que não procura realizar o seu papel? É preciso que ocorra mais mortes para se tomar uma atitude? Será que o ministério público sabe quantos leitos estão funcionando no Hospital de Traumas? Se tem médicos atendendo todos os dias? O caos está tomando conta da cidade!

  9. glaucia disse:

    ESSE É O PREFEITO DA SAÚDE………………

    IMAGINE SE NÃO FOSSE?

    ABSURDO, A POPULAÇÃO TEM QUE SE MOBILIZAR E TIRAR ESSE PREFEITO DO PODER. SE NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA GERIR UMA CIDADE PEDE PARA SAIR.
    E VAI FAZER EXAME DE VISTA QUE O QUE SABE FAZER, EU ACHO.

  10. Roberto Guedes disse:

    O plantonista do HGU nem deve ter visto a paciente, pois sem a autorização do plano de saúde eles não querem nem saber do que se trata. O mínimo seria o HGU disponibilizar uma UTI MÓVEL, tipo SAMU para encaminhar a paciente ao Traumas, se isso tivesse ocorrido a paciente estaria hoje em recuperação e não em óbito.
    Outro ponto: Prefeito não tem nada haver com isso… o erro partiu do primeiro atendimento que não foi dado. A população deveria se mobilizar para exigir explicações do HGU. Vida vale menos que uma autorização do plano de saúde??? Existiu ética por parte do HGU???? O médico do HGU deu encaminhamento da paciente ao Traumas??? Avisou alguém do Traumas que a paciente estava sendo enviada???

  11. Lucas Cabral disse:

    Aviso aos navegantes, o melhor hospital de Petrolina é o aeroporto.

  12. Nunes disse:

    Gente passei por uma situação parecida com essa,graças a deus primeiramente estou aqui comentando ocorreu comigo, tive uma alteração da preção arterial no mês de fevereiro de 2006, estava dirigndo e ainda cheguei até o Hospital Neurocardio e por não ter disponivel no bolso 100,00 o hospital neurocardio se recusou a prestar os primeiros socorros a mim, desmaei na recepeção do referido hospital não fui á obito porque apareceu uma pessoa conhecida minha e me levou até o hospital Dom Malam e la fui atendido. Com esse preve relato quero dizer que os hospitais particular de Petrolina primeiro eles conferem o saldo bancario do paciente e da familia se a saldo for sulficiente para ele, ai começa a fazer o orçamento depois se faz o diagnostico do paciente cabe a deus proteger o paciente enquanto eles fazem uma varedura nas contas bancarias do paciente e da familia essa é verdadeira preucupação dos administradores do hospitais particulares de Petrolina.Quanto aos hospitais publicos todos já sabemos.

  13. Sempre pior pro povo disse:

    A mais de 25 anos q moro na Europa num país muito organizado onde a saúde é previlégio do governo. De visita a terrinha junto com a família, minha filha nescessitou cuidados médicos e a levei ao Hospital Don Mala para grande susto de minha esposa q é europeia e mesmo para mim também. O atendimento precário, a instalacäo suja, os banheiros entupidos, insetos por todo lado, camas velhas e furadas e até coberta tive q levar. Minha esposa jamais havia passado por tao miserável situacäo. Hoje, dou gracas a Deus por morar onde moro sem esses disturbios nem a exploracäo do chamado “Plano saúde”.

  14. Drº Carla Gracielly disse:

    Sei que é difícil apontar culpados, mais podemos raciocinar através dos fatos. Se tratando de uma família humilde, sem conhecimentos, seria pouco provável ir de frente ao medico. Já que o mesmo encaminhou a paciente para o hospital de traumas, sabendo ele, que uma pessoa com infarto agudo do miocárdio não tem condições alguma de andar. Precisando ser transportada em uma unidade móvel equipada.. Seria esse o erro numero 1.?? Quando se escolhe a profissão de medico, escolhe-se também salvar vidas, seja ela portadora de um plano de saúde ou não. Mesmo sabendo que a paciente teria que de urgência ter o suporte de uma unidade de terapia intensiva, o medico não se preocupou em momento algum em verificar se no trauma teria esse leito disponível. A paciente chegando ao hospital publico foi atendida pela medica de plantão, onde ficou horrorizada pelo fato da paciente chegar andando sem suporte algum. Seria esse o erro numero 2 ??
    A lei é clara, não tendo disponível na rede publica um leito em UTI , seria imprescindível a remoção para um hospital da rede particular onde os custos seria pago pelo município.Essa liminar existe, graças a nossa promotora Ana Rubia. Só precisam colocar em pratica. Porque isso n foi feito??
    Mesmo portando a carteira do plano Unimed, sendo que ao chegar ao HGU, seu nome não constava no sistema , dificultando o atendimento. E mesmo com o contrato explicando claramente no titulo VII, subtítulo I onde fala da segmentação ambulatorial que, cobertura de atendimento caracterizado como urgência ou emergência que demandem atenção continuada, pelo período de até 12 horas. Porque não ficou pelas 12 horas?? Ou ainda explicado no contrato, titulo XVIII onde fala da remoção inter-hospitalar, para uma unidade do SUS . Ela foi andando com o apoio da filha. Será que uma filha ama tanto sua mão a ponte de tirá-la de um hospital com maior suporte para levá-la a um do governo, onde n possui as condições necessárias de atendimento?? Podemos brincar com a vidas dos outros. Só não podemos brincar com a justiça! E essa será feita!

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