O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, disse ter acionado as polícias civil e federal a fim de promover uma investigação “rápida e dura” acerca da tentativa de homicídio sofrida pelo secretário-executivo da Autarquia de Mobilidade de Petrolina (AMMPLA), José Carlos Alves.
Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (11), Miguel manifestou apoio à família de José Carlos e informou que conversou sobre o ataque com o governador Paulo Câmara. “Estou muito consternado porque em 124 anos de história política de Petrolina isso nunca aconteceu antes”, afirmou o gestor, que garantiu também que vai acompanhar de perto todos os procedimentos das investigações.
Miguel Coelho comentou ainda que ele e outros integrantes de sua gestão vinham recebendo ameaças de morte, mas que não levaram em consideração por classificarem como “ameaças vazias”. Ele afirmou que a prefeitura vai reforçar a segurança em volta das pessoas ameaçadas, porém também colocará toda a estrutura do município, além da ajuda do governo do Estado, para identificar os culpados e evitar que crimes semelhantes se repitam. “Não vamos deixar ninguém da nossa equipe se sentir ameaçado de trabalhar e a população pensar que estamos num faroeste”.
Durante a entrevista, o prefeito ressaltou que preferia ter sido vítima do ataque a ver um servidor do município sofrer esse tipo de crime. “Esse atentado não é contra José Carlos, é contra a cidade, contra a gestão de Petrolina”, lamentou.
Emboscada
Mais cedo, o secretário-executivo da AMMPLA, José Carlos Alves, havia sofrido um atentado, enquanto saía de carro de sua casa para o trabalho. José Carlos foi atingido por quatro tiros (um no tórax, um no braço e dois na cabeça), mas após ser submetido a uma cirurgia de abertura do crânio, encontra-se fora de perigo. “Ele já acordou, está falando e passará uns dois ou três dias na UTI e até dez dias internado. O estado dele inspira cuidados, mas está sob controle“, explicou o médico Antonio Vinicius, responsável por seu tratamento.
O prefeito está certo. Tentativa de execução contra um servidor público devido ao exercício legal de suas atribuições, é gravíssimo!