Menina de 9 anos submetida a aborto recebe alta

por Carlos Britto // 06 de março de 2009 às 18:37

Após interromper gravidez de gêmeos na última quarta-feira, por meio de aborto, a menina de nove anos do município de Alagoinha que foi estuprada pelo padrasto recebeu alta na manhã desta sexta. Por volta das 6h, ela deixou a maternidade do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), na Encruzilhada, acompanhada pela mãe e por conselheiros tutelares. O médico Olímpio Moraes comemorou o resultado de todos os exames realizados na garota, inclusive o preventivo contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

“Ela foi muito bem nos exames. Deixou a maternidade feliz e aliviada junto a sua mãe esta manhã. Preferimos liberá-la cedo para evitar qualquer tipo de exposição. Foi uma saída tranqüila”, afirmou. O destino da menina será um abrigo no Recife, cujo nome será mantido em sigilo para preservar a privacidade.

Na manhã de quarta-feira, a garota expeliu os fetos gêmeos que esperava após a administração de drogas abortivas. O procedimento é considerado legal pela legislação brasileira, pois grávidas vítimas de estupro podem fazer aborto até o quinto mês de gestação. A menina estava no quarto mês de gravidez.
Abuso – O caso veio à tona no dia 26 de fevereiro, quando a menina, que apresentava enjôos e vômitos, foi levada pela mãe para a Casa de Saúde São José, em Pesqueira, município vizinho à Alagoinha. Uma ultrassonografia diagnosticou a gravidez de 16 semanas. Na ocasião, o ginecologista José Severiano Cavalcanti, que atendeu a menina na unidade de saúde, antecipava que o aborto seria necessário para não por em risco a vida da garota, que tem características de subnutrição, medindo apenas um metro e trinta de altura.
O suspeito, um desempregado de 23 anos, foi preso e encaminhado no dia 27 de fevereiro ao Presídio Juiz Plácido de Souza, em Caruaru. De acordo com a polícia, ele vivia com a mãe da criança desde 2005. A menina alegou que nunca contou que era abusada porque temia ser morta pelo agressor. Segundo a vítima, o padrasto jurava que iria matá-la, caso revelasse o “segredo” para a mãe. A garota disse ainda que o padrasto costumava dar R$ 1 para ter relações com ela. A violência sexual acontecia sempre quando a mãe se ausentava de casa. Já a mãe, de 39 anos, declarou nunca ter desconfiado de nada.
Durante depoimento, o homem, suspeito de ter estuprado além da menina de 9 anos, a irmã dela, uma deficiente de 14 anos de idade confessou ao delegado Antônio Dutra ter abusado da menina mais velha, alegando ter sido seduzido pela garota, mas negou ter consumado o ato criminoso contra a caçula. “Ele contou que não penetrou na mais nova, mas que ejaculava sobre a menina”, detalhou o delegado. De acordo com o Código Penal brasileiro, o padrasto poderá pegar mais de 15 anos de prisão em regime fechado.
Igreja – O arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, que lutava pela manutenção da gravidez da menina, condenou a realização do aborto pela equipe de médicos do Cisam. A autoridade eclesiástica classificou o procedimento como um “crime grave” e disse que houve “um homicídio contra duas vidas inocentes”.

Ainda segundo ele, o ato infringe duas leis: a lei de Deus – pois contraria o 5º mandamento, que diz “não matarás” – e a doutrina da Igreja Católica. Evocando os preceitos episcopais, o líder afirmou que todos os envolvidos no procedimento cirúrgico, incluindo os médicos e integrantes de ONGs feministas que apoiaram a interrupção, com exceção da menina, foram excomungados da instituição religiosa.

O arcebispo disse ainda que irá fazer um manifesto público durante a missa de lançamento da campanha de fraternidade da Confederação Nacional do Bispos do Brasil (CNBB) na Regional Nordeste 2, neste sábado, na Basílica do Carmo, no Centro.

Menina de 9 anos submetida a aborto recebe alta

  1. willian michel disse:

    concordo com o padre que dPe. Luiz Carlos Lodi da Cruz.

    Durante quatro meses, de 12 de agosto a 27 de novembro de 2008, a União Nacional dos Estudantes (UNE) percorreu o Brasil visitando 41 universidades e realizando 57 debates. O objetivo fundamental dessa “Caravana Estudantil da Saúde” foi a propaganda do aborto, das drogas e do homossexualismo. Vejamos alguns dos temas tratados: “Legalização do aborto: aspectos legais, morais, políticos sob a ótica da saúde pública”, “Drogas – Legalizar ou não?”, “Saúde e tolerância: homofobia, lesbofobia, sexismo, racismo”, “Direitos sexuais e reprodutivos e a violência de gênero”[1]. O jornal da Caravana da UNE, no artigo “Políticas públicas para a mulher” (p. 3) afirmava ser dever do Estado “legalizar o aborto”. Tudo isso custou R$ 2,8 milhões ao Ministério da Saúde. Essa verba estava prevista no Orçamento para apoio à educação permanente de trabalhadores do SUS (Sistema Único da Saúde), mas foi desviada pelo governo para a UNE[2].

    Em janeiro de 2009, o jornal O Globo anunciou o lançamento do filme “O fim do silêncio”, produzido pela Fiocruz, com R$ 80 mil fornecidos pelo Ministério da Saúde. A diretora do vídeo Thereza Jessouroun afirmou que o documentário é “claramente a favor do aborto”. De fato, como se observa no “trailer”, ele nada mais é do que uma peça publicitária que apresenta várias mulheres confessando que já fizeram aborto. Segundo a reportagem, em fevereiro duas mil cópias em DVD seriam distribuídas para escolas e entidades feministas[3]. Mais uma vez, o dinheiro público é utilizado para incitação ao crime (art. 286, CP) e apologia de crime (art. 287, CP).

    Causa abortista recupera financiamento internacional

    A partir do dia 23 de janeiro de 2009, os abortistas do Brasil e do mundo passaram a contar com um financiamento extra. Nessa data, o novo presidente Barack Obama revogou a chamada “Política da Cidade do México”, que proibia a concessão de fundos dos EUA para grupos que promovessem o aborto em outros países[4]. No dia seguinte, Obama anunciou que também pretende trabalhar junto ao Congresso para restaurar o apoio financeiro ao Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP)[5]. O presidente Bush havia retirado o apoio ao FNUAP porque esse organismo da ONU promove o aborto em diversas nações.

    A IPPF (Federação Internacional de Planejamento Familiar), conhecida como a “multinacional da morte”, comemorou a atitude de Barack Obama. Segundo Gill Greer, diretor geral da IPPF, durante os oito anos da administração Bush, cerca de 100 milhões de dólares deixaram de ser investidos na promoção do aborto em nível internacional[6]. A verba pró-aborto deve reaparecer inclusive para o Brasil, onde a IPPF tem uma filial chamada BEMFAM.

    Nilcéa Freire e José Gomes Temporão

    No apagar das luzes de 2008, Nilcéa Freire, há cinco anos à frente da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, afirmou: “ano que vem [2009] vamos entrar com muita força lá no Ministério da Saúde na ampliação dos serviços de atendimento às mulheres vítimas de violência sexual e nos serviços para a realização do abortamento legal”[7]

    Na edição de janeiro de 2009 do jornal da CNTS (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde), o Ministro da Saúde José Gomes Temporão aparece cumprimentando uma mãe que abortou seu bebê anencéfalo durante o tempo em que esteve em vigor uma liminar do Ministro Marco Aurélio autorizando tal tipo de aborto[8]. Pena que ele não quis cumprimentar a Sra. Cacilda Galante Ferreira, mãe da anencéfala Marcela de Jesus Ferreira, que tanto comoveu o Brasil durante 1 ano e 8 meses de vida extra-uterina.

    Exceção de suspeição ao Ministro Marco Aurélio

    A CNTS foi a entidade escolhida pelos abortistas para propor a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54 (ADPF 54), que pretende legalizar — sem passar pelo Congresso Nacional — o aborto de anencéfalos. A ação, proposta em 2004, aguarda o julgamento de mérito do plenário do Supremo Tribunal Federal.

    No entanto, no dia 10 de dezembro de 2008, onze deputados federais protocolaram junto ao Procurador Geral da República Antônio Fernando de Souza uma representação solicitando o afastamento do Ministro Marco Aurélio do julgamento da ADPF 54. O motivo da suspeição é que o ministro violou a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (art. 36, III) ao manifestar sua opinião sob um processo ainda pendente de julgamento[9]. De fato, em entrevista feita à revista Veja, Marco Aurélio defendeu abertamente o aborto de anencéfalos e previu que a ADPF 54 seria vitoriosa, além de atacar a Igreja Católica dizendo: “e, depois que o Supremo bater o martelo, não adiantará recorrer ao Santo Padre”[10]. Se a exceção de suspeição for proposta e acatada, será necessário sortear um novo relator para o processo.

    Partido do governo quer expulsar antiabortistas

    No 3º Congresso do Partido dos Trabalhadores (PT), ocorrido entre agosto e setembro de 2007, foi aprovada a resolução “Por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais”, que inclui a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”[11].

    No 10º Encontro Nacional das Mulheres do PT realizado em Brasília nos dias 17 e 18 de maio de 2008[12], foi aprovada uma resolução propondo a instalação de uma Comissão de Ética para os parlamentares antiabortistas, com “orientação para expulsão daqueles que não acatarem e não respeitarem as resoluções partidárias relativas aos direitos e à autonomia das mulheres”[13].

    No dia 11 de novembro de 2008, os deputados Luís Bassuma (PT/BA) e Henrique Afonso (PT/AC) receberam a notificação da Comissão de Ética do Diretório Nacional do Partido.

    Uma vez que o PT é explícita e abertamente abortista, os dois deputados acusados de serem pró-vida deveriam espontaneamente abandoná-lo. Não faz sentido para quem defende a vida insistir em permanecer em um partido que defende o aborto.

    Analogamente os cristãos, por coerência com as promessas de seu Batismo, não podem filiar-se ao PT nem votar em candidatos desse partido. Convém lembrar-se disso nas próximas eleições presidenciais
    iz:

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