João Paulo acusa ‘motivação política’ em denúncia do MPPE

por Carlos Britto // 19 de dezembro de 2008 às 13:06

O prefeito do Recife, João Paulo (PT), declarou ontem que as denúncias de fraude na Secretaria municipal de Educação – apresentadas na última quarta-feira pelo Ministério Público (MPPE) – têm conotação política. Segundo ele, a acusação, na véspera da diplomação dos novos gestores, é parte de um movimento para “fragilizar” o governo do seu sucessor, João da Costa (PT). O MPPE aponta irregularidades em licitações e na contratação de empreiteiras para obras de recuperação em escolas da rede municipal, somando mais de R$ 2 milhões.

“Estamos nos aproximando de uma data política, que é a diplomação hoje (ontem), e acho que vai se fazer de tudo para fragilizar a gestão de João da Costa, para que ela não tenha o mesmo sucesso que a minha teve”, afirmou João paulo, pela manhã, em entrevista à Rádio Jornal, respondendo sobre as denúncias que envolvem a secretária de Educação, Maria Luíza Aléssio, a assessora executiva da pasta, Edna Pessoa, e a ex-diretora administrativa e financeira, Marília Bezerra, esposa de João da Costa.

Mais uma vez, o prefeito criticou parte do Ministério Público por agir, segundo ele, com motivações políticas. “Não é a instituição Ministério Público, que eu sempre defendi. Mas em algumas situações, é pena que se queira partidarizar”, colocou.

João Paulo, contudo, se disse “tranqüilo” com as denúncias e defendeu sua equipe. “Estamos tranqüilos com relação a esse processo e à forma como Malu (Maria Luíza) sempre conduziu. Os recursos foram aplicados corretamente na recuperação das escolas”, assegurou. De acordo com a assessoria da PCR, a secretária Mauria Luiza Aléssio e sua assessora não foram notificadas ainda. O prefeito informou que, de qualquer forma, esse é um assunto que será tratado pelo jurídico da gestão.

De acordo com o MPPE, a PCR fracionou as despesas com reforma das escolas, como estratégia para burlar a lei de licitações. Também teria efetuado o pagamento de R$ 134 mil por serviços não realizados em 12 escolas, além de outros R$ 82 mil por serviços realizados apenas parcialmente em sete escolas. As três acusadas podem ser condenadas à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e ressarcimento do dano causado ao erário.

Fonte:Blog do Jamildo

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