Guerra de espadas em Cruz das Almas, na Bahia, deixa 169 feridos

por Carlos Britto // 25 de junho de 2009 às 07:52

guerra-espadasA perigosa tradição junina da guerra de espadas, no município de Cruz das Almas (BA), deixou 169 feridos, na noite de ontem (24). As espadas feriram crianças, jovens e idosos. A maior parte das vítimas foi atendida na Santa Casa de Misericórdia do município. Quatro pessoas em estado mais grave tiveram de ser transferidas para Salvador.

Um menino de 18 anos perdeu o olho esquerdo e uma senhora de 63 teve traumatismo na mandíbula.

Na Santa Casa de Misericórdia, o movimento foi intenso durante toda a tarde e início de noite, reflexo das batalhas que não respeitaram fronteiras administrativas, jurídicas, nem de bom senso.

Apesar de a prefeitura promover a campanha “Espadeiro Consciente Respeita a Vida”, determinando através de faixas os lugares onde as espadas estavam proibidas, o que se viu foi o total desrespeito às regras. Espadeiros “tocavam” espadas em direção a postos de gasolina, carros, casas e transeuntes.

À luz dos artigos 250 e 251 do Código Penal, por tais manobras, os espadeiros poderiam ser presos por 3 a 6 anos, além de multa. Mas, sob a alegação da preservação da tradição cultural da cidade, a impunidade anda em paralelo ao crescimento dos feridos. Segundo dados da polícia militar, apenas quatro pessoas foram presas em Cruz das Almas por tocar espadas em locais não autorizados pela prefeitura.

Com informações e foto do A Tarde

Guerra de espadas em Cruz das Almas, na Bahia, deixa 169 feridos

  1. irmão Disney disse:

    Tradição? Tradição de apologia à dor, ao sofrimento de inocentes (crianças), ao desrespeito ao direito de outros de não compartilharem dessa insanidade, a desvalorização da vida, e ao risco gratuito e desnecessário. E o mais grave, com a conivência das autoridades constítuidas. Tradição, conivência, camuflam interesses pessoais. Mas a Palavra de Deus em Tiago 4.17, diz: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando”.

  2. Liana disse:

    Tava demorando de sair uma noticia dessas,ja pude presenciar isso em Cruz das Almas e eh de uma irresponsabilidade q não tem tamanho…Agora eh arcar com as consequências..

  3. A VERDADE 2 disse:

    Depois ainda reclaman de falta de cadeiras na vaquejada, sao um bando de rabujentos , só vem o lado ruin da coisa , vão se divertir , curtir , td tem seu lado bom , e muitas vezes é muito maior que o ruin.

    Abraço , Britto.

  4. A VERDADE 1 disse:

    oh a verdade 2…entao procure um lugar fechado…ex:um galpão, enche de tanque de gasolina e se matem por lá mesmo, nós temos o livre arbitrio de achar o q é certo e o que é errado…vcs tiram o nosso direito de ir e vir, de se divertir,…isso é sim um vandalismo,eu acho que deveria acabar com isso e se vcs nao aceitassem, chamar tropas de toda a região e ate a tropa de elite pra acabar com essa bandidagem, sem contar que a criminalidade,robos,furtos e muito mais aumenta quando chega a epoca de São João…

  5. Alisson disse:

    É mais fácil falar do que realmente aparenta do que os beneficios que essa tradição trás à cidade. Nesse período são gerados muitos empregos e a renda é muito grande. E o que vale é o divertimento. E como é dito sempre, as espadas são tradição, cultura. E não acaba com uma cultura assim. Se vocês acham que é fácil, ou simplesmente falando dessa maneira sem ver os beneficios, tentem acabar com o carnaval que é uma manifestação cultural brasileira. Esse sim gera muita violencia, aumenta o tráfico de entorpecentes, pessoas morrem de maneira violenta. E na guerra de espadas o que ocorre é a negligenciação, na maioria dos casos, dos proprios participantes da guerra. Que fazem disso o motivo de tanta euforia. Obviamente ha casos em que inocentes sofrem, mas esses são poucos. Mas temos que jogar, como poliana, o jogo do contente .

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