Estudantes de escola estadual de Petrolina relatam angústia após passeio frustrado na zona rural de Sobradinho

por Carlos Britto // 01 de setembro de 2017 às 17:00

Cerca de 50 estudantes da Escola Otacílio Nunes De Souza, em Petrolina, usaram as redes sociais para desabafar, após um passeio frustrado que fizeram ao município de Sobradinho, no norte da Bahia. A visita à Terra da Barragem ocorreu ontem (31/08). Eles tinham como destino o Sítio São Gonçalo, onde o grupo conheceria as pinturas rupestres que existem na localidade. Mas um problema no ônibus que fazia o transporte dos estudantes acabou com a alegria de todos. Numa carta de repúdio enviada a este Blog, eles dizem que se sentiram “humilhados” por terem sido “esquecidos” no local por quase oito horas.

Acompanhem:

Indignação, ódio, raiva, angústia, dor, sofrimento, tristeza. É tudo isso que nós do 3º C e 3º E da Escola Otacílio Nunes de Souza estamos sentindo. Viemos em um ”passeio” da escola, vieram três ônibus, e justo o nosso atolou. Os outros dois foram embora, ficaram cientes da nossa situação e não moveram uma palha para ajudar. Estamos sentindo uma grande raiva, por toda a falta de profissionalismo, compaixão e de humanidade das pessoas que nos deixaram para trás, sim! Isso mesmo que todos vocês estão lendo, PARA TRÁS!

Nos deixaram em um lugar no meio do nada, onde não conhecemos, onde existia mato e areia, de um lado ao outro, e nossa sorte foram algumas pessoas que Deus nos enviou. Nós fomos humilhados como nunca fomos na vida, passamos por uma situação horrível e constrangedora. Alunos de 16, 17 anos, duas professoras e um motorista, que sofreram junto com a gente.

Choramos, fizemos correntes de orações, tivemos fé, fomos unidos, passamos 7 horas esperando socorro, correndo atrás de uma solução, em um lugar que não havia sinal, o sol rachando, ficamos de 13:00 hora até as 20:00 da noite, no meio do mato literalmente. Fomos guerreiros, ficamos todos juntos, ninguém abandonou ninguém.

Na hora de vir embora, tivemos que andar 5 km para chegar até uma pista, em uma estrada de areia, todos cansados pelo dia. Começamos a caminhada 19:00, tudo escuro, com um anjo (um cara com um trator que tinha uma luz e veio nos guiando). Essa foi a pior experiência das nossas vidas até agora, e isso será inesquecível, graças à falta de profissionalismo e amor ao próximo da empresa ”Cabral Turismo”, e de alguns responsáveis por nós da Escola Otacílio Nunes de Souza.

Obrigada por essa experiência constrangedora, não vamos nos calar, não vamos ficar quietos, vamos protestar pacificamente do nosso jeito. Não somos bichos, muito menos irracionais, vamos mostrar que temos racionalidade, e não vamos nos calar.

PS: O Blog deixa os espaço reservado para os responsáveis se pronunciar. (fotos/divulgação)

Estudantes de escola estadual de Petrolina relatam angústia após passeio frustrado na zona rural de Sobradinho

  1. EDILENE LECHE disse:

    O trator não veio do além.
    E os micro ônibus não veio do além tbm
    Saimos em busca de ajuda. Pois não teria como ajudar só com nossos ônibus.
    Achei isso um equívoco do blogueiro dessa página. Passar informação sem saber é errado. E inclusive você, jornalista.
    Saiba da informação direito primeiro antes de compartilhar atrocidades.

  2. Liliany Guimarães disse:

    Sou aluna do colégio exposto e afirmo que não foram esquecidos. Fui ao mesmo passeio mas estava em outro ônibus, quando soubemos que ocorreu um imprevisto, fomos para Sobradinho para fazer ligações e tentar resolver, pq n tinha área no local em que o ônibus atolou. Agora eu pergunto, preferia que todos ficassem lá e não chegasse ajuda nenhuma?
    Professores mt responsáveis ligaram de Sobradinho p outros que estavam em Petrolina, estes resolveram e mandaram o trator p local, mas infelizmente o trator quebrou, alguém adivinhou? Não. Diante disso e infelizmente não sabendo como fazer o tempo parar, as horas passaram, até que dois micro ônibus foram buscar os indivíduos e devolver a calma dos familiares. Toda história tem dois lados, não acredite em tudo que dizem.

  3. Liliany Guimarães disse:

    E sobre não mover uma palha p ajudar o pessoal, alunos dos dois ônibus n envolvidos foram e voltaram correndo p saber o que aconteceu, uns 8 a 10km. Além disso, assim que chegamos em Sobradinho, o responsável pelo nosso almoço foi levar o deles. Sem contar nas orações e preocupações.

  4. Ana disse:

    Sou aluna do colégio exposto e afirmo que não foram esquecidos. Fui ao mesmo passeio mas estava em outro ônibus, quando soubemos que ocorreu um imprevisto, fomos para Sobradinho para fazer ligações e tentar resolver, pq n tinha área no local em que o ônibus atolou. Agora eu pergunto, preferia que todos ficassem lá e não chegasse ajuda nenhuma?
    Professores mt responsáveis ligaram de Sobradinho p outros que estavam em Petrolina, estes resolveram e mandaram o trator p local, mas infelizmente o trator quebrou, alguém adivinhou? Não. Diante disso e infelizmente não sabendo como fazer o tempo parar, as horas passaram, até que dois micro ônibus foram buscar os indivíduos e devolver a calma dos familiares.

  5. Pedro A. Cabral disse:

    muita paciência jovem!
    a vida lhe mostrará que nem todos em quem você acredita preocupam-se com você.
    outras situações constrangedoras, muito piores, acontecerão!
    aprenda a fazer do limão uma limonada.

  6. Edelson disse:

    Sou pai de uma aluna liguei pra escola eles me garatiram que estavam td bem que estavam providenciando outro ônibus só que não foi isso que aconteceu os alunos ficaram com fome e cede quando vieram se alimentar uma faixa de 16 horas que a direção da escola se manifeste

  7. Eduarda B. Leite disse:

    Uma tristeza isso q aconteceu. Estudei meu ensino médio no Otacílio, e teve vários professores excelentes e passeios bem organizados. Sei q so vcs sabem oq passaram, minha irma tb estava nesse passeio, porém nao estava no ônibus q infelizmente acabou atolando. Mas sabe q horas ela chegou? 19h. Sabe pq?! Ficou parada de 14:00hrs ate umas 18hrs, so sairam por que souberam que o trator estava a caminho, junto com vários outros alunos e professores para achar soluções para salvar vcs, entao a expressão “nao moveram uma palha” eh muito forte. Talvez a frase certa seja ” Nao acharam uma solução certa para vcs”. Espero q tudo se acerte entre vcs, e lamento o q aconteceu. E estao certos mesmo de nao ficarem calados.. lutem, porém nao os julguem com palavras tao fortes. Sei o quanto os pais de vcs devem ter ficado preocupados, assim como a minha mae quando soube q minha irmã ia ficar no meio da estrada por tempo indeterminado e imaginando o desespero dos pais de vcs.

  8. Allana Moura disse:

    Boa noite! A vocês, nos dirigimos como resposta à notícia sobre o ocorrido no passeio da EREM- Otacílio Nunes de Souza. Sabemos e entendemos que nada que passaram foi fácil, pois todos nós, que nos encontrávamos no passeio, passamos horas aguardando a chegada do outro ônibus. O que aconteceu no primeiro momento foi conflito de informações, às pessoa que estavam nos outros ônibus, ônibus esses de outra empresa diferente da empresa do que atolou, chegou a notícia que estava atolado e precisava dos meninos das outras turmas, eles foram, tentaram e logo perceberam que seria sem sucesso. Voltaram e logo foram pra estrada. Um dos ônibus mesmo sendo de outra empresa, pensou em voltar para tentar ajudar o outro, mas logo perceberam que não daria, devido à circunstância de espaço e a lógica: estrada sem sinal. Como entrar em contato para socorro? Existia a necessidade de sair do local para a cidade. E então assim os motoristas dos outros ônibus avisaram que iriam seguir estrada, porque já não dava mais pra fazer nada. Na cidade, logo foi feito o contato com a empresa, porém sem sucesso, não atendiam, não respondiam. Até partirem pra um plano B, uma funcionária da escola, funcionária essa que se encontrava na cidade de Petrolina-PE, entrou em contato com seu marido que estava na Cidade de Sobradinho- BA e o mesmo foi até o local onde serviria o almoço, e levou até às pessoas que se encontravam no local. O acesso à estrada é longo, demora, por isso o mesmo foi e voltou em busca de um reforço. Foi onde conseguiu em contato com conhecidos, um escavadeira, pra tentar auxiliar no local, mais uma vez sem sucesso, pois outra série de coisas aconteceram com o ônibus devido ao esforço feito no seu motor. Então, o mesmo mais uma vez se deslocou até a cidade, onde entrou em contato com a escola através da funcionária, avisando que haveria necessidade de outro ônibus para buscá-los no local. A empresa não se pronunciou e logo começou a busca por ônibus na cidade de Sobradinho-BA disponível para saída imediata, sem sucesso. Conseguindo, assim, mais tarde dois micro-ônibus. Este, mais uma vez, se deslocou até lá acompanhando os veículos para assegurar a vida de todos os alunos. Enquanto isso, as professoras e os outros alunos os aguardavam na cidade de Sobradinho-BA. Não negaram socorro, não foram desumanos, não foram melhores e muito menos felizes em meio à situação. Mas, se fez necessária a saída de todos do local, até porque a permanência lá não conseguiria comunicação com ninguém. Quanto ao sair do local, devemos dizer que quem estava dirigindo o ônibus não era nenhum dos alunos, funcionários, seguiam ordens dos motorista. Entendemos a indignação de acordo com a falta de estrutura como água, comida e o péssimo local. Porém, isso não dá o direito de generalizar a situação. Os funcionários e muito menos a escola esqueceram que os alunos existiam no local. Os professores acompanharam, passaram horas reunidos em oração e em muito desespero. Acusação de negligência deveria ser revertida diretamente à empresa, que em nenhum momento demonstrou preocupação. Talvez as informações vinculadas estejam relatadas de forma injusta, assim como pra pessoas erradas! Tudo que foi possível fazer, foi feito. A todo momento, foi mantido contato para saber notícias, foram feitas várias tentativas de socorro. O resgate chegou, porém tem que ser levado em conta que nenhum automóvel, ou pessoa estará à espera de um acontecido desse. Vivemos em uma época maquinária, assim como nós temos defeitos, máquinas não funcionam, não advinhamos, não esperamos. Em nome de todos nós alunos e participantes do passeio, prova de tudo, vos dizemos, ninguém esqueceu ninguém, ninguém cruzou os braços, e se existiram casos de negligência e friezas, partiu da empresa responsável pelo ônibus, jamais dos professores, alunos e até mesmo da gestão escolar. O caso deverá ser reavaliado, as informações que estão sendo vinculadas são de caráter ofensivo e oportunista. O emocional de todos envolvidos na situação está abalado, assim como dos professores envolvidos, porque a acusação pela qual estão passando repercutiu na sua moral profissional e no seu emocional.
    (3°B)

  9. Maria Letícia disse:

    Em nome de uma das turmas (3° E) que estavam no onibus atolado, quero falar que nós somos cientes de que os outros alunos(maioria deles) e os professores que estavam nos outros ônibus, se moveram sim para ajudar a gente, porém os outros motoristas não se prontificaram a ajudar, porque poderiam perder o emprego por serem de empresas diferentes do ônibus em que estávamos.
    Os professores mandaram o nosso almoço com o refrigerante, mandaram um trator pra tentar desatolar o ônibus, mas não deu certo porque a bateira do ônibus parou de funcionar. E depois, umas 19h00, todos fomos andando até a BR para encontrar com os outros dois micro ônibus(para não correr o risco de estes atolarem também) que professores mandaram para tirar a gente de lá.
    Não estávamos desamparados, imprevistos acontecem e somos cientes de que a culpa não foi da escola e que as outras turmas que estavam nos outros ônibus tentaram sim nos ajudar.
    Por isso, pedimos que tirem a notícia do blog, pois contém informações muito erradas.
    Desde já, gratos.

  10. KAIQUE disse:

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    VCS QUISERAM FAZER UMA DRAMA PRA PODER DISFARÇAR UMA SITUAÇÃO TÃO ENGRAÇADA. MAS NÃO TEVE JEITO

  11. bio disse:

    Não liguem. É só um PITI de adolescente.

  12. EREM Otacílio Nunes de Souza disse:

    Nota de Esclarecimento

    Sim. Nesta data 31 de agosto de 2017, estudantes de 3º ano do Ensino Médio da EREM Otacílio Nunes de Souza sairam para uma aula extraclasse no Sítio Histórico nas proximidades de Sobradinho, devidamente autorizados em documento assinado por seus pais e acompanhados por Professores. Aulas extraclasse é comum acontecer na escola objetivando dinamizar e associar a teoria à prática, pois não se aprende apenas no chão da escola. Somos uma escola viva. Nossos estudantes já estiveram em viagens a lugares como Bolívia, Acre, Recife, Serra da Capivara, Salvador e tantos outros sempre acompanhados e muito bem assistidos por Professores e integrantes da equipe gestora da escola. Sempre foram e voltaram trazendo na bagagem a vivência do conhecimento, muitas experiências exitosas e histórias boas para contar.
    Infelizmente, desta vez, aconteceu de um dos ônibus atolar e depois quebrar. Coisa que pode acontecer com qualquer máquina. Eram três ônibus, um dos quais pertencia à empresa Cabral Turismo, a qual foi informada logo de imediato pela gestão da escola que, ao saber do ocorrido, foi pessoalmente à Empresa, quando os professores que acompanhavam os estudantes chegando em área urbana de Sobradinho, telefonaram para a escola informando o ocorrido. A empresa Cabral Turismo ia providenciar outro ônibus para ir buscá-los quando chegou a informação de que já tinham conseguido uma retroescavadeira para desatolar o ônibus.
    Sim. Os seis professores que estavam na viagem com os alunos não ficaram passivos diante do imprevisto, tampouco os que estavam aqui na escola, como diz a nota postada neste blog, diga-se de passagem de forma irresponsável sem verificar os fatos. Não houve abandono, não houve esse “deixar para trás”. O que houve foi a busca por ajuda e a espera dessa ajuda. Nossos estudantes, bem como seus pais, sabem e sentem todos os dias o zelo, o cuidado, o profissionalismo, o compromisso e o carinho que toda Equipe EREMONS tem para com eles a partir do momento em que são acolhidos no bom dia até o momento de voltarem às suas casas.
    O “cara do trator” que é citado na nota pelo blog, é esposo de uma professora da escola que se encontrava em Sobradinho e, a pedido dela e da escola, foi até o local para ajudar levando inclusive alimentação para os estudantes. Foi através dele que a gestão da escola articulou e autorizou a contratação de dois microônibus para trazerem os estudantes de volta, quando, por muito tentarem, não conseguiram a retirada do ônibus do atoleiro.
    Aos nossos estudantes, cabe lembrar o enorme respeito e carinho que sempre tivemos e temos para com eles. Cabe lembrar que a viagem teve seus momentos bons como mostram as fotos abaixo. Cabe lembrar a lição de união e solidariedade dos colegas no momento difícil, mesmo os que estavam nos outros ônibus e que queriam ajudar, porém os motoristas da outra empresa não tinham autorização para fazê-lo. E cabe lembrar a alegria do reencontro e do abraço na gratidão de todos voltarem bem às suas casas.
    Aos pais, cabe a parceria com a escola nos momentos de alegria e festa, mas também nos momentos de entenderem que, uma situação como esta, poderia ter acontecido com seus filhos mesmo estando com os próprios pais e que, podem ter certeza, que toda equipe escolar estava empenhada todo o tempo em solucionar o problema.
    A nós professores, cabe a reflexão de que tudo é aprendizado, mas sobretudo, o não desistir de cada vez mais, continuar realizando nosso trabalho como o fazemos sempre: com muito zelo e compromisso.

    Equipe Gestora EREM Otacílio Nunes de Souza
    Petrolina – PE

  13. Josivaldo disse:

    É muita falta de notícia viu, francamente.

  14. centurion disse:

    PEDRO ALVARES CABRAL É UM PRAZER SABER QUE VOCE ESTÁ VIVO, SUA COLOCAÇÃO FOI PERFEITA, AOS JOVENS ALUNOS DIGO, ESTUDEI 07 ANOS NESSA ESCOLA COM MUITO ORGULHO, COMO DISSE O CABRAL SEJAM VIBRANTES, NÃO FAÇAM DA SITUAÇÃO UM OBSTACULO, MAIS SIM UMA ETAPA CUMPRIDA. AMEM O “CIONS” COMO EU AMEI. BJS.

  15. Jj disse:

    Quanto erro gramatical, assassinos da língua portuguesa.

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